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Poesias-->A Prisão do metrô -- 31/08/2008 - 02:30 (Alfredo Burghi ) |
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A PRISÃO DO METRÔ
A vida passeia de metrô
Da igreja do Largo de São Bento
À penitenciária do Carandiru.
Das preces do padre eterno
Às algemas da prisão perpétua
Do Largo São Bento ao Carandiru
A vida passeia de metrô.
A noite apresenta a cantora
E o lançamento de produto
Entre luzes e sons esparsos
Enquanto a vida passeia de metrô
Pela estação do Carandiru.
Poucos são os homens que olham
A prisão de cada um de nós
Atrás das grades da Casa de Detenção
Por entre os traços do metrô.
Eu vejo minha vida prisioneira
Atrás das janelas do trem
Sou condenado do transporte e dos meus atos
Nas estradas do metrô.
Vagas lembranças vão embora
Junto com as janelas do transporte
Para mim passaporte
Para a prisão do metrô.
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