O telefone tocou às três da manhã. Era o comissário Gordo.
Mais um assassinato com requintes de crueldade genital.
Parecia ser obra de uma serial quíla.
Olhei para Tereza, sua bunda tesa, dormia a sono solto cansada pelo desgaste sexual que eu lhe infligi.
As bagas de cigarro pós sexo estavam espalhadas ao lado da cama.
Estabanado como sou, ao atender o telefone derrubei o cinzeiro.
Pensei em catar tudo, mas o comissário estava agoniado e pediu que eu não me atrasasse.
Tinha uma imagem a zelar frente à polícia, afinal, meu nome já era uma lêndea: Samuca Espada.
Sai do apartamento de Tereza sem fazer muito barulho, sapato na mão, e rumei para o motel Atoladinha, onde o achado macabro fora feito.
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