O excesso do acumulo,
O extra,
O mais e a falta do pouco.
Na erosao a fome,
No calendario a vida.
Do ouro a exploracao,
Suor do preto,
Alegria do branco.
Os dedos em sangue a usura da europa,
Na colonia o sonho de liberdade.
Na degradacao das montanhas,
A morte do corpo.
Na missa no fundo da sensala,
A alforria concedida pela morte.
Na lama,
Pes sujos,
O caminho a seguir.
No santo de barro,
O fundo buraco,
Esta o dinheiro do contador.
Da moeda,
As duas faces,
Os vermelhos e os azuis.
O poder compra e manda,
Sempre quer mais,
Com sua boca escancarada.
Sem fim e procura,
Nos canteiros os negros,
Nos vestidos brancos a casta rica.
A rica Vila Rica! |