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Contos-->G E R E N T E -- 16/03/2001 - 10:12 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pense naquele tapete vermelho que havia na sua sala. Pense naquele aparelho de som importado que você tinha. Pense naquelas janelas enormes que compunham sua casa. Pense naquele casarão que ocupavas naquele bairro super chic. Tempos bons aqueles não é? Não havia preocupação. Tudo tinhas de forma feliz. Os carros que ocupavam as garagens eram novos.
Pense agora naqueles momentos alegres daqueles churrascos inesquecíveis nas noites de primavera onde a cerveja e o som da alegria suplantavam os dissabores.
Pense nos seus empregados e acólitos. Eram todos servis, prestativos e solícitos. Você tinha poderes.
Pense no seu escritório. Quanto equipamento novo... Quantas mulheres admiradoras você tinha.
Agora pense lentamente nos seus irmãos: não saíam de perto de você. Eras o mais solicitado. Você possuía poderes de manipulação. Com alguns telefonemas você movia pessoas, fazia acontecer fatos e criava notícias. Você mandava!
Quanta gente você iludiu. Gerentes de banco, barbeiros, diretores de sindicatos, cartorários, pessoas ligadas ao comércio, à indústria e aos meios de comunicação social. Você mandava. Você tinha dinheiro.
Até que um dia você resolveu matar.
Aí então, meu amigo, o jogo começou a virar. Você teve que vender alguns carros. Limitou-se nas suas horas ao teclado eletrônico. Não mais pode comer tanta carne do jeito que comia antes. Não mais pode beber sua cerveja do jeitão que você bebia. Nem mais do seu cachorro, você teve tempo para cuidar. E seus empregados? Diante do solapamento de seus poderes, foram se retirando um a um com as mais desvairadas desculpas. E tudo por causa de quê? Por causa de sua sanha demoníaca. De seu instinto pérfido. De seu ódio assassino. Você começou a descer a ladeira, meu amigo. Lá embaixo não encontrarás mais os que te acolheram e te protegeram pensando que tú tinhas razão naqueles embates. Abraça agora teu cão e sai com ele. Sua amiga, mãe de sua filha desertou. Uniu-se a um gerente mais inteligente e comunicativo. Que Deus possa ter piedade de tí assassino.
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