Que mente desajustada,
Não consigo controlar.
Se quero pensar, não penso.;
Se não, estou a pensar.
Um sentimento com som aflito,
Dos poros desponta sem cessar,
Perde-se o controle e quase em grito.
Vive a carência a suspirar.
São cacos de ser esparramados,
Se os recolhesse não conseguiria,
Juntá-los todos em uma só parte
E se tentasse, pedaço faltaria.
Em formato peculiar, ia estar
A parte faltosa, o caco perdido.;
Seria um CORAÇÃO a pulsar,
Ocultando o sofrimento contido. (1985)
(Do Livro não publicado - Cacos de Mim) |