Fantasias do Deus que morre
Para as minhas netas Laiz, Vitória e Júlia.
Para elas sou capaz
de quase tudo.
Sou um deus poderoso,
sem limite.
Aos meus pés
qualquer pedra vira espuma;
E meus espinhos, flores:
margaridas.
Eu poderia
ter inventado o mar,
bem como o céu azul
que nos encobre.
E, quem sabe,
voar igual aos pássaros
sem me lembrar
que sou um deus que morre.
E quando
eu for morar no infinito,
no meu palácio
de lembrança e sombras,
vou carregá-las para um céu bonito
na carruagem fantástica
dos seus sonhos.
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