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cronicas-->O cidadão -- 17/03/2005 - 14:45 (Mesaque Severino dos SAntos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Podemos dizer, com toda a certeza, que certas coisas acontece por uma casualidade da vida, sei que às vezes somos atores de uma situação tão drástica que não acreditamos que somos a peça mais importante daquele quadro.
Claro que tentamos mudar as coisas, sair de fininho como dizem por ai, mas quanto mais tentamos escapar, mais as coisas começam a acontecer. Recordo de um amigo que saiu de casa cheio de felicidade, alegre, humor nas nuvens, todo sorriso colgate, caminhando lentamente pela calçada, respirando o ar puro e contemplando as cores da natureza e cumprimentando todos pela rua, como se tivesse recebido uma grande herança.
De repente, surge na sua frente um cidadão bem estranho, estilo bem diferente, um cabelão de dar medo, estava vestido com uma jaqueta jeans que pelo visto nunca viu a cor da água, uma calça de sarja totalmente amarrotada e com diversas tonalidades diferentes, uma das pernas estava rasgada, usava um tênis todo imundo, outrora era uma Nike, e para completar a figura usava luvas de lã toda remendada, veja bem, não era uma luva comum, mas uma luva que não tinha os dedos, era somente a palma, uma figura lendária, uma coisa que não dá para esquecer nunca.
Ele parou na frente do meu amigo, abriu os braços e abraçou ele com um abraço bem apertado, imagine o constrangimento que ele ficou, não falei o nome do meu amigo? Que esquecimento, ele se chama Crismarclayton.
Veja bem, o Crismarclayton estava vestido com a sua melhor roupa, camisa branca de seda, calça social preta, sapato social cromo alemão, e quando foi abraçado daquela forma, imagine como ficou o Crismarclayton, totalmente marcado pelos detalhes que aquela figura carregava pelo corpo e pelas vestes, e não ficou só no abraço não, ele lascou um grande beijo na face do Crismarclayton, um beijo melequento, se a roupa estava naquela situação, imagina o bafo que aquele indivíduo tenha, pela barba e o bigode por fazer algumas semanas, estava cheio de tanto cisco que ficou grudado no rosto do Crismarclayton.
- Meu grande amigo? - disse o cidadão ao Crismarclayton.
- Meu amigo? - respondeu - Eu não te conheço.
- Puxa Zequinha, você continua brincalhão como sempre.
- Que Zequinha o que, eu me chamo Crismarclayton.
- Cris... o quê????
- Crismarclayton, não escutou?
- há, há, há, há, que nome mais esquisito que eu já vi na minha vida, esse seu nome merece um novo abraço.
E assim agarrou o Crismarclayton e lhe deu um novo abraço, e desta vês, levantou ele do chão e o jogou bem para cima.
- Merece uma comemoração, veja aqui o que eu tenho - disse a figura tirando do bolso um saquinho com um pastel dentro - vamos comer este pastel juntos, e saiba de uma coisa, eu nunca divido minhas coisas com estranho.
- Sai pra lá, veja minha situação, estou indo para o meu trabalho, você sujou toda minha roupa, amarrotou, minha camisa e ainda lambuzou todo o meu rosto, sai da minha frente.
- Crisberto, não fique assim, gostei muito da sua pessoa, você é um cara legal.
- Crisberto uma ova, desapareça, senão de darei uma sova bem grande.
Crismarclayton ficou transtornado com aquela situação, o sangue subindo pela cabeça, vontade de esmurrar aquele marmota que o deixou naquela condição tão desprezível.
- Crismarton, não fique assim, sabe que você tem a cara do meu pai, deixa eu te dar um outro abraço, olha onde você mora?
- Que abraço que nada, nunca te vi e olha a sua situação, você esta todo imundo, sujo, e ainda quer me abraçar e o meu endereço? - grita com o fulano - Nunca!!!!!!
As horas tinham se passado assustadoramente, teria de voltar ao ser lar e tomar um belo banho, trocar de roupa e correr ao trabalho e esquecer aquele incidente tão mórbido, vontade de sair correndo, volta com destino à sua casa, cabeça baixa, triste, deprimente, desolado, e ainda escuta o nosso imaginável amigo gritando atrás dele.
- Papai, papai, volte aqui?
Ele continua sua caminhada se olhar para trás, uma senhora o para e lhe diz:
- Moço, seu filho está lhe chamando!
Ele não diz nada, continua seus passos, chega em casa com o astral lá em baixo, que vontade de chorar, mas não pode demonstrar a raiva que sente. Vai direto para o banho para lavar até a alma daquele acontecimento desta sexta-feira, e olha que não é 13 não.
Você quer saber se ele foi ao trabalho? Ele foi sim senhor, mas deu uma enorme volta para não poder encontrar com o sugismundo daquela rua.
O final desta história é de surpresa, quando chegou ao trabalho, já bem tarde, estavam todos o esperando, ele entra e começam as perguntar o porque do atraso, onde ele estava, por que o seu cabelo estava despenteado, por que não usava a correia na calça, e assim foi por quinze minutos, até que ele não aguentou e explodiu.
- Cheeeeeeega de me perturbar. Já não basta o que aconteceu comigo hoje e vocês não tem um pingo de decência?
Todos calam, fitam em seus olhos e o seu chefe diz:
- Cris, temos que te dar uma notícia, quem é o Sr. Morais?
- Sr. Morais? - ele responde - O único que eu conheço é um tio, irmão do meu pai.
- Isso mesmo, recebemos um comunicado e seu tio lhe deixou um presente, então armamos uma recepção para você, você encontrou com alguém hoje de manhã?
- Sim eu encontrei.
- Pois então, era um ator, um amigo meu, e aqui está o documento.
Ele começa a ler e verifica que recebeu uma grande herança do tio Morais que mora na Itália, não consegue terminar de ler, seus olhos escurecem e tudo fica negro...
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