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Textos_Religiosos-->Bolívia pode ter seu primeiro santo -- 10/09/2007 - 11:21 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bolívia pode ter seu primeiro santo

Igreja inicia processo de beatificação de Tito Yupanqui

LA PAZ, terça-feira, 4 de setembro de 2007

ZENIT.org

A Igreja da Bolívia expressou seu desejo de impulsionar o processo para que um de seus membros mais assinalados e também mais humildes chegue a ser modelo de santidade universal, o venerável e servo de Deus Tito Yupanqui. Um ameríndio de sangue real que recorda em sua atitude humilde e perseverante, e em seu amor a Maria, outro grande santo americano, São Juan Diego.

Francisco Tito Yupanqui, escultor da imagem de Nossa Senhora de Copacabana, já é muito popular e ganhou a simpatia do país.

No começo deste ano, a Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano deu a autorização para iniciar o processo.

«A Igreja Católica está feliz por que possamos encontrar o primeiro santo boliviano e por isso está reconhecendo algumas virtudes do venerável e servo de Deus, Francisco Tito Yupanqui, autor da imagem e Nossa Senhora de Copacabana», declarou em 1º de setembro passado o Pe. Carmelo Galdos, membro da comissão que acompanha o processo.

Por sua parte, René Vargas, guardião do Santuário de Copacabana, ao anunciar o início do processo, indicou que resta um longo caminho por percorrer, mas que os passos serão firmes e adequados.

«Este é um processo que se está levando a cabo e tem o aval do bispo de El Alto e se conformou a primeira comissão que é a comissão histórica que investigará tudo o que tem a ver com a pessoa de Tito Yupanqui, de maneira que tem fundamental importância o trabalho desta comissão, sendo a primeira que se conformou» assinalou o Pe. Vargas.

Quanto ao processo de beatificação, explicou que tem muitas etapas: «Nós, pouco a pouco, devemos ir superando estas etapas e respondendo aos requerimentos que a Santa Sé fizer», sublinhou.

O livro de assinaturas é outra iniciativa que pretende dar a conhecer às pessoas o processo iniciado.

«Sabemos que a devoção a Nossa Senhora de Copacabana é inquestionável, há muita gente que chega ao santuário desde lugares muito distantes para render-lhe homenagem, agradecer ou fazer petições, mas Francisco Tito Yupanqui está por detrás como um desconhecido, é por isso que nós pretendemos que ele também seja conhecido e apreciado, queremos também manifestar que a santidade não é algo que é dado somente a determinadas pessoas como uma graça, mas é uma vocação de todos os cristãos e inclusive de pessoas que não são cristãs», assinalou o Pe. René Vargas.

Yupanqui nasceu em Copacabana, entre os anos 1551-1552; era o quarto filho de Tola Yupanqui (Tola) e de María Yupanqui, ambos descendentes do Inca Huayna Cápac.

Convertidos ao cristianismo, seu pai o batizou com o nome de Francisco. Segundo Frei Antonio da Calancha – cuja investigação sobre Yupanqui se publica no boletim «A Voz do Santuário de Copacabana» –, Yupanqui foi um «devoto iluminado, de quem Deus se utilizou para realizar um milagre».

Até hoje, não há nenhuma pessoa natural da Bolívia, nascida em seu território, que tenha sido reconhecida como santa pela Igreja Católica.

Yupanqui viajou a Potosí para aprender as técnicas de pintura e escultura, sendo Diego de Ortiz provavelmente seu professor.

Tomou tal decisão porque, segundo narra a tradição – explica Cristóbal Serna Sánchez, em «Tempo, Espaço e História de Copacabana» –, fez votos para lavrar uma estátua da imagem da Virgem Maria, a fim de que seus irmãos copacabanenses se convertessem ao cristianismo. Ele não conhecia como lavrar uma escultura, de forma que pedia inspiração constante a Nossa Senhora.

Um dia, diz a tradição, viu em seu quarto uma luz vivíssima, no meio da qual havia uma mulher com aspecto muito doce e tinha uma criança com a cabecinha apoiada no seio da mulher. Yupanqui pensou que a Virgem Maria lhe havia aparecido mostrando-lhe como queria que fosse sua imagem, de modo que resolveu esculpi-la ele mesmo. Fez uma de barro ao princípio, mas era torta e imperfeita. Esta foi a razão pela qual decidiu mudar-se para Potosí e converter-se em aprendiz de escultor, entregando-se febrilmente a seu trabalho.

Após várias provas, finalmente conseguiu fazer uma escultura que o satisfazia. Junto com o cacique de Copacabana, Alonso Viracocha Inka, viajaram a Charcas para obter as permissões que lhes permitiram fundar a confraria de Copacabana.

Ao apresentar cópias da imagem em tela, a única coisa que recebeu foi rejeição, mas não se desanimou. Nos trâmites para conseguir as permissões, foi melhorando seu trabalho, e se trasladou a La Paz.

Estava em Ayo Ayo quando a imagem sem querer foi quebrada pelo corregedor de Larecaja, que ao conhecer a história de Yupanqui, prostrou-se ante a imagem.

Ao chegar a La Paz, Yupanqui ficou sabendo de que se estava construindo um retábulo no convento de São Francisco. Ofereceu ao mestre que estava a cargo da obra, ser seu doméstico em troca de que lhe ensinasse o ofício, e lhe contou sua missão. O mestre viu a imagem quebrada, mas animou Yupanqui a perseverar.

Um tempo depois, a permissão para fundar a confraria foi concedida e a imagem terminada. A população de Copacabana se encontrou dividida em duas posições: os Urinsayas, que apoiavam que o patrono da população fosse São Sebastião, e os Aransayas, que queriam que fosse entronizada Nossa Senhroa da Candelária (Urinsayas e Anansayas representam a dualidade do mundo andino, que sempre tem duas partes opostas, mas complementares). Ante o problema, aconselhou-se vender a imagem, mas esta durante as noites, ela lançava centelhas luminosas. Depois, Calamarca, Guaqui e Achacachi desejaram conseguir a imagem para si.

O corregedor de Achacachi e Copacabana finalmente se reuniu com o líder dos Urinsayas, Diego Churatupa, e decidiram levar a imagem a Copacabana.

Contudo, por um tempo, esta ficou na Tuquina, até que finalmente foi trasladada a Copacabana, onde foi recebida em meio a uma grande multidão.


Obs.: Ainda bem que não se trata de Santo Evo Morales... (F.M.)



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