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| Poesias-->Brado -- 09/10/2008 - 23:24 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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BRADO
Mentes que bradam lemas
pobres,
sonoras gemem.
Temem que mudem senhas;
certas, certeiras rotas.
Eu só respiro e grito
dentro
por ser aflito:
vendo que o mundo amolda
tudo que mexe e treme
gente
que come e bebe
(corpos, que mesmo neguem).
Quero que bradem gritos
ritos de pele e carne
-algo que se sustente
forte, como uma rede-.
Algo que pesque e solte
peixe
no mar e reme...
Algo que seja louco :
são, como língua e sede..!
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