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Contos-->Finalmente, em Sampa -- 17/12/2007 - 03:23 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em fim, depois de mais de trinta dias viajando com meu Pai, tocando tropa do Piauí ao o Maranhão,
estávamos outra vez, no aconchego do lar.
Depois de descansar uns dias, planejei em surdina, minha mudança para São Paulo. Já ia fazer dezessete anos, por conseguinte, me achava dono de meu nariz. Meu pai era um bom pai, mas um tanto rígido.
Planejei fugir. Entretanto, de algum modo, ele ficou sabendo e me disse: “Filho meu não precisa sair fugido de casa. Tem que sair como homem, pra se precisar voltar, voltar também como homem e encontrar sempre as portas abertas”. Ele mesmo começou a preparar minha partida. No dia 9 de dezembro de 1954, por volta das cinco horas da tarde, saí de Santo Antônio com destino a São Paulo. Chegando a Picos, tomei um caminhão de carga até Juazeiro do Norte, tendo como companheiros, José Serafim e Silva, Nemésio Cipriano Rodrigues e Raimundo Lopes da Silva. Chegando em Juazeiro, só encontramos três vagas no ônibus. Quem fica! Quem fica? Ninguém queria ficar. Chega na hora um agente de transporte dizendo ter uma solução para o caso.
- Vamos fazer um “suplimento”.
O suplemento consistia em colocar uma caixa de madeira no corredor, entre um banco e outro. Ali o desafortunado sentaria o traseiro e seguia viagem. Nem preciso dizer pra quem sobrou essa poltrona sem encosto!
O suplemento não me foi um sofrimento por muito tempo. Como bom negociante, procurei algum passageiro que estivesse bem acomodado e se interessasse numa vantagem financeira em troca de minha poltrona improvisada. Assim, com o desembolso de cinqüenta cruzeiros fizemos a permuta. Negócio fechado. Tome estrada, poeira e buraco. O sujeito só viajou alguns quilômetros e se arrependeu da negociação. Aí era tarde, não sou homem de desmanchar negócio. O camarada partiu pra briga, mas os demais passageiros levantaram a voz em minha defesa e por fim, até o motorista se manifestou em meu favor e o desarrazoado calou-se. Sentou no “suplimento” e seguimos viagem até a sonhada Paulicéia! Estávamos finalmente em Sampa

SILVA, Francisco de Assis; LIMA,Adalberto. O Brasil nosso de cada dia.
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