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Cronicas-->Conhecer uma cidade -- 02/01/2000 - 12:15 (Pedro Carlos de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Recentemente, fiz uma viagem a Vancouver, no
Canadá.Minha esposa estava lá, fazendo um curso de inglês.

Enquanto ela estivesse frequentando às aulas, eu aproveitaria para conhecer o lugar. No primeiro dia, ao voltar à casa onde estávamos hospedados, ela perguntou-me o que eu tinha feito. Eu havia passado quase o dia inteiro dentro de uma livraria enorme chamada "Chapters", encantado com a profusão e variedade dos livros enfileirados nas estantes.

No dia seguinte, entrei num sebo (secondhand bookstore)de Vancouver, também muito grande. Não estava mais vivendo apenas o presente, mas também conhecendo o passado daquele povo, daquele país. O que o cidadão de Vancouver, o canadense escrevera e lera estava alí, disponível. Consegui um guia dos sebos e antiquários da grande Vancouver, onde estavam assinalados no mapa a localização de cada um deles, com a descrição da especialidade respectiva. Agora eu estava preparado para conhecer a cidade.

Ao final do dia, novamente minha esposa perguntou o que eu havia feito.Contei-lhe que havia visitado alguns sebos e antiquários. Ela disse que se eu continuasse assim, acabaria indo embora e não conheceria a cidade. Disse-lhe que no dia seguinte visitaria os pontos turísticos.

Assim fiz: fui ao Stanley Park, ao Canada Place, à Capilano Suspension Bridge e a outros lugares. Tudo muito bonito, mas eu estava com pressa. Queria, ainda, conhecer a Biblioteca Pública de Vancouver e visitar outros sebos.

Fiquei impressionado com a biblioteca, a começar pelo prédio, em forma circular, uma verdadeira obra de arte da arquitetura. A organização dos livros e a facilidade de acesso aos leitores eram um estímulo à leitura. Não preciso dizer que não consegui fazer mais nada no resto do dia. Senti-me bem lá dentro. Não tinha vontade de sair.

Passei mais dois ou três dias entre sebos, livrarias, bibliotecas, antiquários, museus, galerias de arte e lojas de disco.

Pensei comigo mesmo: não existe só um modo de conhecer uma cidade. Eu, por exemplo, não vejo muito sentido em correr de um ponto turístico para outro, tirando fotos, e assim, "conhecer" o lugar. Se eu não visitar a biblioteca pública e os sebos de uma cidade, não me dou por satisfeito, fico frustrado, fico com a sensação de que não conheci a cidade. Em vez de fotos, prefiro trazer dos lugares em que estive livros e pequenas lembranças, como um folheto, um mapa, uma ilustração, um marcador de livros, um enfeite original ou uma pequena antiguidade.

Em menor escala, foi assim que conheci Los Angeles, na ida para Vancouver, e Miami, na volta para o Brasil.

É uma outra forma de conhecer uma cidade. É a forma que eu gosto.
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