AVENIDA
Depois da Rua Tabajara
Há a avenida dos sátrapas e farrapos,
Um esteticismo estático
E o postulado de uma reta.
A perfeição de um busto em bronze
E o sexo de uma mulher em argila.
E também as ferramentas do tolo:
A ira, o ódio, o desamor e pedras.
Há uma intenção de ser humano,
O inevitável e o ser vivo;
A revolta do soldado,
Um sêmen que se compra
O riso crônico do pederasta.
O histerismo do maltrato.
Na avenida dos farrapos,
Na ogiva dos sátrapas,
O esboço infra-humano
Do vocábulo das metáforas.
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