Meu bichinho tinha muitas cabecinhas. Ele era adorável. Tomava-o nas minhas mãos e o alisava. Como era gostoso. Ele era carinhoso. Perfeito, lindo, sutil. Mas porém, entretanto, quando ele ficava bravo, meu amigo, saísse da frente.
Quando íamos para a chácara, sabe aquela chácara, que hoje foi vendida? pois é, nela, naquela belezura toda, eu e ele, meu bichinho, ficáva-mos assim, de namorico. Ele todo dengoso, quentinho, fofinho, (que lindo!) e eu alí toda molhadinha.
Quando chovia, nós nos encolhiamos todos debaixo daquele plástico.
Aquela quentura toda subindo pelas pernas. Nossa!
Pois olha que com aquela fumaceira toda, quando não sufocávamos, podíamos perceber alguma luz alí no relento.
Naquele quarto fechado, nós notávamos que as pessoas tinham uma certa inveja de nós. Queriam estar onde estávamos. Sim era isso.
Mas que nada, saisse da minha frente que eu queria passar. Com licença?
Ora, veja.
Com que caras vou chegar lá em casa quando isso tudo aquí se acabar?
Afinal, meu Logus me espera.
Troquei-o por já ser idoso. Sabe como é carro velho, cada dia tem um problema diferente.
Mas devo aposentar-me ainda este ano. Ah sim! Deus queira!!!
Precisei mesmo fazer aquilo que fiz. Sabe, não é fácil viver com loucos assim como você. Porra meu você não dá folga bicho! Sanata prá ti safado!
Mas não pode. Não se deve internar ninguém não viu, lindinha? Não se deve fazer para as pessoas aquilo que não queremos que façam para nós viu?
Ame a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo. É a lei. Simples não?
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