PERNAMBUCANOS QUE NÃO PODEM SER ESQUECIDOS
Por Wilson Vilar Sampaio
Por Wilson Vilar Sampaio.
ANTÓNIO AFONSO FERREIRA, nascido em Recife(PE), no dia 15/03/1812, filho de Francisco Afonso Ferreira e Margarida Maria Miquilina Ferreira.
Foi destinado a seguir a carreira do Pai, que era Desembargador da Casa de Suplicação da Corte. Assim, tão logo concluiu os estudos secundários, em 1830, matriculou-se nos Cursos Jurídicos de Olinda recebendo em 18/10/1834 o grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.
Seguindo os passos do pai, foi inicialmente destacado como Juiz Municipal e de Órfãos no Recife, posteriormente sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca do Rio Formoso(PE), cargo que ocupou de 1836 a 1843, quando - por motivos políticos - foi afastado de Pernambuco e nomeado Juiz de Jacobina(BA).
Regressando a Pernambuco em 1848, abraçou as idéias revolucionárias que agitavam o Recife, aderindo desde a 1ª hora quando da deflagração do movimento Praieiro, em setembro do mesmo ano.
António Afonso Ferreira participou ativamente das lutas que aconteceram na Província, estando ao lado de Nunes Machado no fatídico dia 02/02/1849, quando sua coluna revolucionária atacou o bairro da Boa Vista e o líder Nunes Machado tombou mortalmente ferido na rua da Soledade, atingido por um balaço. Ele e outros companheiros resgataram o corpo de Nunes Machado depositando-o na capelinha de Belém, antes de se dispersarem.
Fracassada a revolta, ficou escondido pois havia sido denunciado e processado. Porém debilitado pela derrota e sem ànimo, parte para Lisboa e depois vai para a cidade de Funchal. Não melhorando das doenças que o acometeram, morre no exílio no dia 20/12/1850, aos 38 anos, sendo enterrado no cemitério da Angústia.
António Afonso Ferreira foi mais um herói pernambucano que merece ser lembrado.
Recife(PE), 16/03/2005.
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