Na época em que Buda viveu entre nós, ele vinha por uma rua seguido por alguns discípulos e por diversos curiosos, quando da sombra surge um individuo com aparência miserável e péssima catadura, desfere-lhe violento soco no rosto prostrando-o por terra.
Contido por algumas pessoas, o violento homem foi afastado da cena, enquanto o Buda era socorrido por seus discípulos, e levado ao Asrãm.
Em seu rosto ficara gravada a marca da violência gratuita.
No outro dia, mal a claridade do crepúsculo matinal se fazia notar no horizonte, o violento homem que o agredira chegou ao portão, e insistia para Vê-lo, com a negativa peremptória dos que ali mantinham vigilância. Toda esta se alicerçava no medo de nova agressão.
Ciente do que ocorria, Buda ordenou que deixassem entrar o Truculento personagem, que ao achar-se em frente a Ele, lançou-se ao chão em Dãnda-vati, e chorando em altos brados implorava-lhe o perdão.
Buda olhando compassivo, o fez levantar, e perguntou: que queres bom Homem, de que falas?
-disse o homem; Perdoa-me, Senhor, por haver tão violentamente te agredido ontem.
O Buda, apesar de ainda trazer vivos no rosto a hematoma e ferimento causados pela agressão, falou: Meu Irmãozinho; não foste tu que me agrediste. Um Homem capaz de pedir perdão tão sinceramente como pediste, é incapaz de causar dano a qualquer ser vivo.
O Homem que me agrediu ontem não mais existe.
Fica conosco e sê bem-vindo.
E o Homem tornou-se um dos principais discípulos do Buda.
Diante da autentica mudança de atitude, o passado deixa de existir.
Iisha Daas Prabhu
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