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Poesias-->AMAZÔNIA. -- 09/11/2008 - 15:39 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420488646735300
AMAZÔNIA. (A Amazônia que se vai sucumbindo)

Ana Zélia



Dizimada pela cobiça, ambição, poder...

Floresta virgem, que há muito perdeu o verde.

Queimadas assassinas. Derrubadas impensadas.

O deserto que se aproxima como as grandes tempestades que passam rápido, cujas conquências imedidas só o tempo dirá.



Amazônia. “Inferno Verde”, “Celeiro do Mundo”, cognomes dados por visitantes.

Onde está o teu verde que forma o inferno?



Tal qual escrevera Dante na “Divina Comédia”, teu verde foi transformado no fogo avermelhado, que destrói ou destruiu.



Amazônia. “Celeiro do Mundo”, teu oxigênio abastece o Planeta.

Quantos te pagam por isto? O benefício é para todos.

O alarde mundial por tua preservação, é utopia...

O interesse está acima do ser humano.

Onde está o teu ouro? Tuas riquezas minerais? Tuas madeiras de lei?

O “Eldorado”? Tudo teu onde está?...



Teus defensores vivem em “cidades de pedras”, num deserto árido,

o verde foi destruído.

A insensatez provocou o castigo dos deuses.

Preocupam-se com o teu verde. Verdade?...



Amazônia. Onde estão teus filhos?

Bravos amazônidas como o “Caudilho da Selva”, o lendário

AJURICABA que preferiu atirar-se às águas do Negro a ser

escravo dos invasores.

Teus filhos perderam a garra, a fibra de guerreiros.



As “Amazonas” tão decantadas, os botos que engravidavam as “cunhas”, a YARA,

a Boiúna, perderam-se nas lendas.

O arco, a flecha, o tacape, a borduna estão encostados nas malocas,

Índio hoje usa filmadora, vai à Tevê, defende seus direitos a sós,

São levados como “micos” de circos de um pólo a outro.

Esqueceram a própria língua, cultura, são dizimados pela malária do branco.

As tangas trocaram pelo jeans, os “grandes chefes” perderam a voz.

As Nações indígenas falam em acordos.



Ah! AMAZÔNIA!

Quanta falta faz ao homem a perda da identidade que o fez respeitado.

Ah! TUPÃ! SENHOR DO TROVÃO!

Manda teu raio para fazer voltar a reviver a fé.

Devolve a teu povo a força, a garra do gavião, a astúcia da Raposa,

A altivez da Águia.

Um estrondo do teu raio se faria ouvir em todo o Universo a afirmação de um povo, a uma só voz.



A AMAZÔNIA É NOSSA.



Publicada no livro Mulher! Conquista Fácil! (Poesias e crônicas) editado pela

Universidade Federal do Amazonas, 1996. É mais um grito desta cabocla pura de uma raça dura. Que enfrenta a morte com a mesma garra que defende seu solo Pátrio. Ana Zélia,Manaus, 1991













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