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Artigos-->Seja bondoso, não tolo -- 20/11/2002 - 18:49 (Iisha daas Prabhu) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O velho Yogue estugava o passo. A monção se aproximava, e Ele inda distava alguns dias do seu destino, e não queria que ela o encontrasse a meio-caminho.

A noite se aproximava, a causa do seu esforço era chegar a pequena aldeia que sabia existir após a próxima colina, lá pretendia pernoitar.

Não tinha nenhum temor de dormir ao relento, já peregrinara em florestas cheias de tigres e elefantes selvagens, estes algumas vezes chegaram a comer sua choupana de colmo na escuridão da noite, sem causarem-lhe nenhum dano.

Pretendia aproveitar sua estadia noturna para falar aos aldeões sobre a verdade absoluta, Deus (Bramam).

À noite, após sua preleção, uma comissão de cidadãos o procurou. Precisavam de sua ajuda.

Contaram-lhe que nas imediações da aldeia (todos ali eram devotos) havia se instalado uma enorme cobra real, e suas vítimas fatais já eram inumeráveis , pois ela era inexplicavelmente agressiva. Todos ali respeitavam seus votos de Harinshä, e ninguém o quebraria para praticar um ato violento como a morte, contra qualquer entidade viva, mesmo a custa da segurança geral.



Mal o dia clareou, e o velho Yogue saiu em busca da cobra, não tardou a encontra-la.

Era imensa; Aproximou-se Do velho santo velozmente, silvando, com o capelo aberto, enorme, que se projetava a quase dois metros do solo.

Parou perigosamente perto do velho, que recitou brandamente um Mantran enquanto estendia a mão direita em concha.

Surpreendentemente, a enorme cobra ali repousou a cabeça, que passou a ser acariciada pelo velho, enquanto falava: Querida Irmã Cobra, por que matas pessoas? Está escrito que toda vida será cobrada de qualquer entidade viva que as destrói. Tua presença é atemorizante, apenas ela será suficiente para que tu vivas tranqüila, eliminando apenas para teu alimento, as vítimas que te foram destinadas por Deus. E se foi.



Passados seis Meses, eis que Volta o Yogue de sua peregrinação, chegando a Região na qual vivia a grande cobra. Procurou-a diligentemente, sem sucesso. Já ia mesmo desistir quando ouviu um fraco assobio, dirigindo-se na direção de onde viera, em um buraco, encontrou a grande serpente. Olhou-a pasmo, sombra do que fora, estava ela reduzida a pele sobre ossos.

Ainda visivelmente surpreso perguntou-lhe: Que houve, Irmãzinha? Porque re encontra em tão lastimável estado?

Disse-lhe a Grande serpente: desde que por aqui passaste, deixei de ameaçar os humanos, o resultado foi que após perceberem minha mudança nunca mais me deram sossego.

Os homens me batiam, as mulheres jogavam-me pedras, e mesmo as crianças, em chusma, arrastavam-me pela cauda sem nenhum respeito. A coisa chegou a tal ponto que para sobreviver obriguei-me a viver escondida em tocas, mal saindo à noite em busca de raro alimento, e sinto que só a morte me liberará deste sofrimento.

Ah! minha Irmãzinha, disse o Santo, não compreendeste direito; não disse que não podias abrir o capelo e assobiar, isto seria suficiente para garantir seu sossego.



Moral da estória. Por mais Santo que você seja, Jamais deixe de “abrir o capelo e assobiar”



Namastê!



Iisha Daas Prabhu

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