Usina de Letras
Usina de Letras
164 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62213 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50606)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140798)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Chep Chep -- 05/02/2008 - 16:11 (hans dammann) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Chep-chep.


Um amigo meu, adepto do zen-budismo, me contou uma
experiência curiosa que ele viveu num templo para
iniciados.
Todos se sentaram num banco de madeira, muito comprido
e desconfortável, e tinham de ficar olhando para a frente,
sem mexer a cabeça.
E na frente não tinha nada, absolutamente nada, só uma
imensa parede branca.
Com o tempo a cabeça começou a balançar, o sono chegou,
o cochilo se tornou irresistível.
Mas aí se ouviu o chep-chep.
Era a sandália de corda de um monge que se aproximava
por trás, arrastando os pés na lajota de barro.
Com delicadeza mas com firmeza, beliscou o ombro dos
dorminhocos.
Era proibido cochilar, dormir, sonhar.
Tinha de ficar acordado, olhando para o nada, para o vazio
da paredona branca.
E sabe o que acontece quando você não tem nada para
olhar ?
Você começa a olhar para você.
Para dentro de você.
É quando surgem perguntas sobre sua vida, sua trajetória,
sua morte.
“Aprendi uma coisa”, disse meu amigo. “Para a gente se
conhecer, não existe nada melhor que um chep-chep.”



Hans Dammann
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui