Usina de Letras
Usina de Letras
83 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62243 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10369)

Erótico (13570)

Frases (50641)

Humor (20032)

Infantil (5440)

Infanto Juvenil (4770)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140811)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6198)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->O BANCO IRREAL -- 19/04/2005 - 10:08 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O BANCO IRREAL


Fernando Zocca



Não tinha a forma quadrada, bastante antiquada. Assemelhava-se a um retàngulo. Nele cabiam todos que chegavam a atingir seus espaços e que, não excedendo seus limites físicos, buscavam-no para o alívio das canseiras e agruras.
Os que vinham depois tentavam ocupar maior área da qual pudessem locupletar as estruturas ralas e roídas pelo tempo e labuta.
Alguns malvados além de usufruir suas benesses danificavam o conjunto, levando partes que mantinham na coleção própria de suvenires. Aqueles que os corroíam atingiam também aos nonagenários utentes espontàneos das sombras frescas.
Por tais causas, a desagregação dos elementos sólidos e sonantes, houve em certos casos, a completa inutilização dos fins a que se destinavam. Os poderes públicos teriam menos despesas se delegassem a algumas empresas particulares, a função de controle e manutenção das carcaças restantes.
Os pósteros não viam proveito algum naquelas formas degeneradas e desbastadas. Ao desànimo diante dos arruinamentos, sucedeu-se a esperança de que o banco continuaria a existir mediante os bons tratos dos substitutos.
Os usuários temporários que por má fé ou culpa quebraram suas ripas e sarrafos se viam agora, quando cansados, afoitos em achar lugares confortáveis nos quais pudessem descansar suas ancas doloridas.
Aquelas torres enormes, símbolos da operosidade e sadia crença nos futuros dadivosos lembravam sempre que por piores que fossem os mais abjetos seres malignos, ainda assim não deveriam nunca ter suas vidas exterminadas ou mesmo estioladas.
Que não houvesse mais danos ao património da praça. Os velhacos que destruíram o elemento vital teriam pela frente a plena consciência das suas atitudes danosas.
E que esse fato fosse motivo para que a dirupção não mais ocorresse. Só assim o progresso seria maior do que a devastação vandálica.


Leia também do mesmo autor:

A meia-lua

O Édipo rei de Tupinambica das Linhas

O mapa

A vossa caixa

O auxilio espiritual

A Shana Sem





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui