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Contos-->CASSINHO DA CHACINA -- 26/02/2008 - 13:56 (ASCHELMINTO da SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ó TERESINA,

Ó TERESINA,

TOME CUIDADO COM CASSINHO DA CHACINA.



CASSINHO DA CHACINA



Cássio Crêi Batista nasceu em São Paulo.

Seu pai era fã do grande pugilista americano, eis o porquê de seu nome.

Sem muito estudo, Cássio teve que trabalhar cedo, vendendo amendoim torrado nas sinaleiras.

Facilmente se viciou em cola de sapateiro, ponto de partida para outras fugas químicas mais avançadas.

As más companhias sempre tiveram lugar de preferência na vida do garoto, então entrando na adolescência.

Foi quando fugiu de casa, na região do ABC.

Perambulava pelas ruas da capital paulista quando começou a entrar na barra pesada, com assaltos a mão armada, seqüestros-relâmpagos e latrocínios.

Foi apanhado e levado à Febem, onde se encontrou. O crime organizado, mais organizado que muitas instituições oficiais Brasil afora, era tudo que ele queria.

Na Febem se profissionalizou, no PCC fez pós-graduação.

Sua especialidade: Chacinas.

- O tempo e o esforço que vou gastar para matar um, mato logo um bocado. Dizia ele.

E matava muito mesmo.

Todas as chacinas noticiadas na Grande - São Paulo tinham o dedo no gatilho de Cássio, agora o temido Cassinho da Chacina.

Mas o tempo fechou para Cassinho da Chacina quando ele deixou um importante delator escapar ileso de uma operação em Suzano.

O PCC não perdoa os delatores e muito menos os que falham em suas missões.

A falha de Cassinho condenou-o à morte.

Fugiu.

Ganho o mundo.

Ninguém sabia onde aquele facínora havia se metido.

Até que a pacata e absurdamente quente cidade de Teresina, capital do, segundo alguns presidentes de multinacionais, absurdo estado do Piauí, passou a fazer parte dos jornais nacionais com um aumento do índice de criminalidade.

E a modalidade que predominava era qual?

Isso mesmo: A chacina.

Parecia cena de filme de Al Capone, carrões atravessando avenidas enquanto rajadas de metralhadoras matavam quem quer que estivesse pela frente.

Uma loucura.

Foi então que o novo primeiro-ministro do PCC, Zé Caçola, foi pessoalmente para Teresina, em jatinho fretado, com uma porção de meliantes para dar cabo do chacineiro Cassinho.

Numa rua afastada, de um bairro afastado, numa parte bem pobre da capital do pobre estado nordestino, Cassinho da Chacina e Zé Caçola se encontraram.

Um de cada lado da rua, num clima de giuliano gemma, travaram o maior tiroteio, bala perdida no Rio de Janeiro perdia feio, pois mais parecia uma boboniere ou a fabrica de doces do Sr. Wonka.

Resultado: Cassinho da Chacina e suas Chacinetes foram chacinados pelos também vitimados Zé Caçola e suas Caçoletes.

Quem sobrou, e continua sobrando, foi o povo brasileiro, que agradece pela criação de um imenso parque temático de bang-bang, que somente vai ampliar as opções turísticas dessa terra tão tropicáos.
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