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Contos-->RESPEITO -- 20/03/2001 - 21:50 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho 15 anos. Meu pai é funcionário burocrata de empresa particular. Minha mãe é gerente bancária. Vivem brigando. Começam já pela manhã. Ele fuma muito. Gosta de café forte. Temos uma casa relativamente grande. Há uma churrasqueira no quintal. Temos uma cadelinha que apesar de latir muito nos dá mais alegria do que desgosto. Minha mãe vive com ela no colo. Meu pai reclama que a quadrúpede tem mais atenção do que ele.
Na hora do almoço o "quebra pau" é inevitável. Fico muito triste e me sinto culpada por isso. Não gosto mesmo quando eles estão brigando. Minha mãe já falou um monte de vêzes para ele parar com a cerveja. Mas ele não escuta. A psicóloga de mamãe me disse que papai é dependente do álcool. É um alcoólatra. Que ele deveria submeter-se ao tratamento. Mesmo que isso importasse em internação psiquiátrica.
Numa outra noite houve uma briga muito feia. Meu pai chegou pela manhãzinha. Havia passado a noite toda num baile Funk. Mamãe quando o viu ficou louca. Possessa arrancou a roupa dele que estava atordoado pela bebida. Ele estava sem cuecas. O carro nosso, o Ômega branco tinha um cheiro que mamãe disse ser de puta.
Foi aquela gritaria. Nossa comunidade presenciou tudo. Que baixaria! Fiquei super envergonhada.
Tenho um namoradinho que mora na casa defronte à minha. Ele é tímido. Não pega na minha mão. Ele só fala do time dele. Um tal de Corinthians. Que coisa mais chata! Eu vou lhe perguntar se ele me prefere ou me trocaria pelo Marcelinho...
Bom preciso ir embora. Pelo jeito o "couro vai comer" de novo hoje. Quando fico nervosa eu xingo uma velhota que passa sempre defronte minha cazinha. Não sei se está certo isso. Mas me sinto mais aliviada. Fico nervosa quando vou ofender. Mas depois tudo passa. Fico rindo. Não posso bater na cachorra. Mas de longe tiro "sarro" da velharada. Será que é pecado? Tem muito menino pedindo esmola. Quando papai me leva para as aulas pela manhã, já tem moleque pedindo coisas. Meu pai ofende eles todos. Diz para irem trabalhar. Que ele sempre trabalhou. Que ele nunca precisou pedir esmola para ninguém. Outro dia, não sei se entendí direito, me parece que era uma cigana, jogou uma praga no meu pai. Disse que ele ficaria pobre. Que o advogdo de mamãe roubaria tudo o que temos. Não sei. Fiquei com medo. Não gosto daquele gordo. Sua mão é molhada de suor. Ele pega na minha e me olha com aquele jeito de tarado, de comedor.
Ele esteve em casa outro dia. Meu pai não estava. Quando mamãe notou que eu percebí a presença furtiva dele, ficou nervosa. Pediu para que eu não contasse nada para papai. Acho que alguma coisa errada está acontecendo. O que será?


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