A corrupçao no Brasil apesar de ter caido, ou sutilmente se esgueirado pelas estatisticas "oficiais", continua firme. O que ocorreu e´ semelhante aos atos e fatos da criminalidade comum. Isto e´, quando a poeira e´ levantada, os bandidos se retiram `a socapa. Os politicos corruptos, que tambem sao criminosos, agem sorrateiramente quando acontecem denuncias. Ou quando um corrupto esta´ no foco das atençoes.
O nosso sistema economico poderia ser um dos melhores do mundo, se a justiça funcionasse. Como nao funciona a contento, ou funciona lentamente, favorecendo aos criminosos, dando asas `as injustiças, muitos acabam por se arvorarem numa concepçao erronea de que "o crime compensa".
Os legisladores colaboram, de forma eficaz, para que as leis sejam atrapalhadas, seguindo na contramao da justiça. Muitos desses parlamentares, responsaveis por leis extremamente absurdas sao verdadeiros alcoolatras, ou seja: amantes da garrafa de aguardente, quando nao sao inveterados alcoolicos.
Isto no entendimento mais rudimentar, porque as leis que esses legisladores redigem sao empecilhos monstruosos do progresso deste pais. Os nossos magistrados que o digam. E neste ponto, justiça seja feita, a Justiça e´ injustiçada.
Um dos absurdos que demonstra a cara de pau desses parlamentares irresponsaveis e´ o projeto de lei recente, que tramita pelo Congresso, aumentando os salarios deles em mais de 100%, a partir do ano que vem. Segundo eles, e´ quase certo ser aprovado ainda nestes dias restantes do ano, para ter validade a partir de janeiro de 2003. Nota-se aqui o fato de entre os tres poderes, o que mais se destaca nas irresponsabilidades de seus membros e´ o poder legislativo. O Congresso da´ o exemplo e os demais legislativos nos niveis estaduais e municipais seguem o exemplo. E vem a lembrança de que poderiamos ter encerrado esse problema, em 1993, com o plebiscito que daria um basta nessa farra irresponsavel com o dinheiro do contribuinte, se houvessemos todos votados a favor do parlamentarismo republicano. Por essas e por outras, nos o povo, seremos sempre culpados em elegermos insensatos para redigirem leis, cujas consequencias dolorosas se voltam contra nos mesmos. Vai se fazer o que? Tem gente que ainda troca um copo de pinga pela sua honra, (voto).
Tao injustas sao nossas leis que, se alguem esta´ com processo pendente na justiça por suspeita, ou mesmo por fraude, em conluio com os escaloes que cuidam das licitaçoes publicas, e que haja indicios de superfaturamento, essa mesma pessoa, fisica ou juridica, pode livremente participar de quantas licitaçoes houver, numa pratica que horroriza paises ditos civilizados. Aqui e´ coisa comum. Coisa da casa. Coisas do neoliberalismo. E os legisladores tais e quais sapos linguarudos, so´ sabem esticar a lingua para engolirem seus salarios, ou majora´-los em mais de 100%.
Num pais de desempregados, muitos acabam vendendo tambem suas honras, em empregos publicos por apadrinhamentos, relegando aos concursos publicos uma interpretaçao estigmatizada, viciosa e somente para os "laranjas de plantao". Ficam excluidos os capazes em favor dos incapazes. O nepotismo tambem esta´ centralizado nesse paradigma nacional. Com a agravante de que nao e´
permitido somente `a esposa do politico, totalmente "capacitada", trabalhar num emprego de mao beijada, as amantes tambem.
Este e´ o Brasil que estao passando para as maos de um torneiro-mecanico, o Lula, sem diploma de terceiro grau, mas de consideravel e invejavel honra e moral sobejada. Todos esperam que no decurso do mandato continue assim.
Isto so´ vem corroborar o conhecido adagio: "o diploma de curso superior, nao moraliza um homem". Talvez, seja por isso que se torna necessario em nosso pais, urgentemente, a construçao de penitenciarias de cinco estrelas, com "celas especiais" para os criminosos com o terceiro grau, de acordo com a lei, redigida por algum parlamentar que nunca parlamentou nada. Tudo isso sao coisas comuns ao dia-a-dia do neoliberalismo de FHCalabar, que os intelectuais "full-charming" acorrem em defende-lo, mas que felizmente ja´ esta´ em extinçao.
(Jeovah de Moura Nunes) |
