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Artigos-->Aconteceu comigo e com você também -- 22/11/2002 - 18:18 (Bruno Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dia desses estava dirigindo pelas ruas de Ipanema quando um sujeito com um adesivo enorme, no qual estava escrito “Brazão” me deu uma fechada daquelas. Imediatamente exclamei : “Vai ô Brazão viado!”. Ao final desta célebre frase me deparei com a seguinte observação: vc já reparou que quando estamos ao volante, e por uma circunstância qualquer vamos xingar o motorista de um outro carro – vamo lá, gente, quem não faz isso? – utilizamos o objeto mais visível a nossos olhos para designar o nome do motorista?

Vc está parado no sinal. À sua frente tem um fiesta verde com um adesivo que diz : “O sangue de cristo tem poder.”. O sinal abre, o motorista demora a arrancar e vc, afobadinho, logo se prontifica a falar : “Vamo logo aí, ô sangue de cristo . . . !”, e dá uma buzinadinha. A picape que está atrás de vc está piscando os faróis frenéticamente para vc dar passagem. No vidro da frente tem um adesivo gigantesco que diz: “Ratinho Rodas”. Vc liga a seta para a direita, bota o bracinho pra fora, faz aquele gesto clássico para o “ratinho” passar e resmunga: “Vai, vai ô ratinho pentelho. . ..”. É impressionante ! E o pior é que a gente faz isso com tanta naturalidade, com tanta segurança, que o nome da pessoa passa a ser aquele mesmo.

O trânsito é mesmo uma coisa muito doida. É gente fazendo besteira, é velhinha com a boca quase encostada no volante, é Kombi lotada de gente parando no meio da rua, e por aí vai. Para um concenso geral, ou melhor, até para facilitar a vida dos guardas, do Detran ou de nós mesmos – falo também em seu nome –, as pessoas que habitualmente cometem um insulto ou outro, o substantivo próprio do motorista vigente deveria estar estampado em algum lugar do carro. Sei lá, tipo as luzezinhas que ficam em cima dos taxis, ou um adesivo colado no pára-brisas, não importa. Tinham era que inventar um jeito, de a gente saber o nome de quem tá dirigindo. Pois só assim, ao invés de ficarmos berrando nomes inexistentes, faríamos algo muito mais educado - por mais que fosse um ato de xingamento. Imaginem. O pálio vermelho te dá uma fechada que vc quase atropela uma família de pombos silvestres, vc educadamente pára ao lado dele e da-lhe um esporro: “caralho, Cristina, tu tirou a porra da carteira de motorista na escola do Steave Wonder?!”.



Bruno Xavier, publicitário.





























































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