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Erotico-->O BANHO DA BICA D´ÁGUA -- 05/01/2002 - 17:43 (Euripedes SIlva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O BANHO NA BICA D ÁGUA

Enquanto Amado e seus comandados faziam as obras da sede do engenho, dona Catarina, cuidava dos afazeres domésticos, ajudada por mais duas mulheres, sendo JOVELINA a cozinheira que também fazia outros trabalhos domésticos como cuidar da roupa. Havia outra mulher, uma ex-escrava, que ainda se imaginava nesta condição e não saberia viver fora deste regime. Jovelina era uma mulata sacudida, de estatura mediana, corpo bem feito, filha da escrava CREMILDA, já falecida, com um feitor do pai de José Amado. Tinha ancas largas, cochas bem torneadas firmes e grossas, as nádegas avantajadas faziam curvas suaves que esmaeciam na cintura de pilão. Os seios eram médios e pareciam estar sempre firmes com bicos querendo furar o tecido de sua blusa folgada. A boca era grande e bem feita, onde mostrava dentes perfeitos e brancos de reluzir. O seu nariz não trazia os traços achatados e largos dos negros de Moçambique, de onde veio sua mãe, mas sim tinha os contornos suaves das feições da gente portuguesa de sangue azul. Os olhos eram amendoados e verdes como a esmeralda e ariscos como o mutum. O cabelo era encaracolado e negro cor de carvão, com ondas miúdas que brilhavam ao reflexo da luz. As mãos eram pequenas, graciosas e macias onde se viam unhas bem feitas e sempre limpas. Sua pele tinha a cor e o frescor indefinidos do jambo. Falava corretamente o português, o Guarani e tinha noções de francês. Era uma mulher prendada na cozinha. Herdara de seus ancestrais escravos o sangue quente da lasciva feminina e a ternura da cultura portuguesa. Tinha nascido escrava e assim permaneceu até quando foi dada para o sinhozinho JOSÉ AMADO quando este se casou e mudou-se para os sertões de Minas.
Na casa de seu novo senhor não havia escravos, José Amado era um homem de idéias abolicionistas cultivadas no Colégio imperial de Petropolis, onde foi interno por cinco anos e usava na prática o que pensava. JOVELINA, antes de sair da casa dos pais de Amado onde servia como mucama, ainda em sua adolescência, quando tinha quatorze anos, tinha sido assediada por um capitão do mato, um português degredado. Era um homem bonito, e estava na Colônia, por apenas alguns anos, condenado que fora por um crime contra os costumes praticado na corte de além-mar. Ao conhecer aquela morena e escrava o português ficou endiabrado e na primeira oportunidade que teve, levou a mulatinha para os fundos do paiol e ali consumou o seu intento, meio contra a vontade dela. Escravos não tinham direitos e eram tratados como objeto, mesmo aquelas como ela que trabalhavam no interior da casa grande.
As mulheres tinham pouquíssimos artigos defendendo seus interesses nas ordenações Filipinas em vigor no reino, e escravas nenhum. Deste incidente ela ficou grávida, gerando uma filha que veio ao mundo recebendo o nome de MARIA CÂNDIDA. Este fato, embora fosse um indiferente penal desgostou demais o pai de Amado, que no fundo tinha esperanças de ser o primeiro homem da vida daquela mulata fazendo-a sua amante, uso comum nas fazenda dos coronéis de Minas de então.
O sangue africano herdado por ela não a deixou esperar o tempo que seu amo queria. Depois do nascimento de sua filha, ela passou a ter um tratamento bem ruim, deixando de trabalhar na casa grande indo para a senzala, junto com os demais escravos. O português, capitão do mato, que a havia descabaciado foi despachado daquela fazenda de café, e corria a boca pequena ter ele sido morto em uma emboscada, a mando de seu antigo patrão, dono daquela escrava. Nunca mais soube notícias dele. A sua condição de "escrava rebaixada", a discriminava mais ainda dentro de seu grupo. Ela era altiva, e não se conformava com esta condição, e como não foi obrigada pelo seu dono, não havia se deitado com outro homem, nem mesmo com o "reprodutor" oficial da fazenda. Mantinha algum privilégio, como não ser obrigada a "ser parideira" de novos escravos, falava com sua sinhazinha constantemente e tinha a incumbência de cuidar de suas roupas. Em principio seu dono queria vender a "negrinha", seu bebê, mas pela interferência da sinhazinha, ele não efetivou o negócio.
Ela e sua filha MARIA CÂNDIDA, hoje com doze anos, trabalhavam na casa da sinhazinha MARIA RITA esposa do "nhozinho" José Amado. Assim que chegou naquele lugar, percebeu que sua condição de vida tinha mudado bastante. Tinha um quarto só para si e sua filha, dentro da casa principal, não existia em nenhum lugar, instrumentos de castigo para escravos, tais como algemas, correntes, grilhões e chicotes, tronco para amarrar escravos faltosos. Não existia senzala para trancar os escravos durante a noite evitando que fugissem, não havia capitão do mato ou feitor de chicote na mão. Havia uma distância enorme entre patrões e empregados, mas um certo respeito mútuo era mantido. Havia pagamentos de salário.
Um grande rego d água tinha sido desviado de seu curso natural, de tal forma a servir a sede. Parte de sua água ia para os fundos mais ou menos umas quarenta braças, correndo em bicas feitas com troncos de macauba, elevando a altura, de tal forma a dar queda suficiente para movimentar o monjolo onde foi instalado num ranchinho. Ali era pilado o milho para a canjica e limpado o arroz e o café para o consumo deles. Aquele instrumento rudimentar e muito conhecido batia até tarde da noite e durante todo o dia, fazendo um rangido triste, cada vez que a gamela se enchia de água e descia com o peso da água entornando no calabouço. Foi feito de um tronco de peroba Rosa sendo os seus eixos em aroeira que movimentariam nas virgens em sicupira branca mesma madeira usada para fazer a mão que socaria no pilão. Este eixo era untando diariamente com azeite de mamona para evitar que o super aquecimento pelo atrito desgastasse prematuramente ou até mesmo pegasse fogo. Na cabeça do monjolo Nercinho, que o trabalhou, fez uma figura como se fosse um cavalo. As duas estacas que funcionavam como virgens, eram em aroeira, para que mesmo ficando encostado no calabouço não apodrecesse. O pilão era grande com capacidade para uma quarta de grãos e feito de um toco que sobrou das moendas, da parte mais grossa, tinha a forma cônica, de tal forma a fazer a limpeza dos grãos com maior eficiência. No poço limpo onde a gamela despejava a água, dia sim, dia não ela e sua filha e as outras mulheres iam se banhar. Os outros dias eram destinados aos homens.
Um dia no final da tarde quando estava sozinha retirando uma porção de café, que era limpado no pilão do monjolo, viu chegar para banhar-se o capataz JULIANO PEREIRA. Ele também estava na fazenda a mais de dois anos cumprimentou-a olhando demoradamente. Era uma linda morena que merecia ser cortejada. Não entendia porque estava sozinha . Seria algum interesse do patrão, mas JOSÉ AMADO, parecia ser um homem de linhagem diferente, não mantendo uma amante na mesma casa onde residia com a esposa, e esta provavelmente pela condição que desfrutava na família, não permitiria. Ele estava apenas de calção e quando JOVELINA o olhou apenas à matrona, viu o porte físico do capataz. Era um homem vigoroso, estava sem camisa, apenas com uma toalha jogada nas costas e um calção folgado. Como ele estava entretido em seus pensamentos, vagueando nas curvas da mulata enquanto olhava a água cair da bica, ela desceu um pouco o olhar na altura de sua cintura e cochas. As pernas eram morenas características da etnia cafuzo mas com muitos pelos. O peito dele era largo e musculoso igualmente coberto daqueles cabelos pretos brilhantes e abundantes. Não apresentava barriga avantajada, como a maioria dos homens de sua idade. Deveria estar na casa dos cinqüenta anos. Como estava a muito tempo sem sentir uma presença masculina, seu corpo estremeceu ao ver o imenso volume que seu membro fazia no calção. Chegou a parar por um instante no movimento final que fazia retirando os grãos de café do pilão.
Ele saiu de seus devaneios, com ela, e voltou a sua atenção para a moça, pegando-a ainda voltando o olhar daquela região suspeita. Ambos ficaram deverasmente embaraçados. Ela apanhou a cumbuca, com o café pela metade, deixando o restante no pilão e saiu dali correndo de volta pelo trilheiro no meio do mandiocal, suando como uma tampa de chaleira. Entrou em casa deixando a cumbuca em cima da uma mesa da cozinha e foi para seu quarto. Fechou a porta, deitou-se de costas na cama e fechou os olhos. Viu o capataz entrando pela porta do quarto, apenas com aquele calção folgado e volumoso, se abaixando sobre ela , apalpando os seus seios de bicos duro, descendo a mão com rudeza por sua barriga, acariciando mais demoradamente o seu umbigo, apertando suas cochas. Depois indo mais, passando por cima de sua calcinha de algodão e forçando sua descida. Sentia os dedos grossos e calejados dele, passeando por sua vulva querendo invadir suas entranhas. Sentiu o cheiro forte dele, misturado com a fumaça do "pito" de fumo que ele usava. Ela se contorcia em cima da cama e naturalmente sua mão direita alcançava o seu "grelo" e ela o acariciou com delicadeza. A mão direita, pegava na perna dele, com força, deslizava cofiando os cabelos, entrava pelo calção e alcançava "aquele volume". Era duro e grande como nunca vira algo igual. A sua mão passeava naquele objeto de prazer, num movimento cadenciado e crescente. O movimento da mão aumentava a velocidade e pressão. Parecia que as partes de seu corpo queriam se fundir uma na outra. Seu corpo foi ficando tenso, e de repente ela estava retesada como uma vara de guatambu emborcada para cima. Sua cintura estava acima da cama, levando sua pélvis para o alto acompanhando sua mão num prazer que a muito tempo não sentia.
Ela nem se dava conta de que seu catre velho, fazia barulho no ranger das madeiras com o movimento dela. O clímax daquela masturbação, deu-lhe uma tremedeira nas pernas e davam caimbra de tão retesadas que estavam. Sentiu o calor do liquido da vida e do prazer molhando os pelos sedosos das bordas de sua vulva. Deixou o corpo cair na cama. Sentiu uma leve repulsa ao notar a mão direita toda melecada. Só ai percebeu que a outra mão estava doendo de tanto fazer força com ela segurando a perna, quadrada do catre, havia marcas nela vincando a sua palma, olhou para a madeira que sustentava a cama e começou a rir baixinho de sua travessura de adolescente. Refez parte da "viagem" anterior, fechou os olhos e começou a alisar a madeira da perna da cama. Por sorte quando saiu do quarto não viu nenhuma pessoa no corredor. Foi para a cozinha, com passos trôpegos e continuou a devanear com o capataz, enquanto torrava o café pilado em uma panela de ferro.
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