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Poesias-->VOLUNTÁRIOS -- 09/12/2008 - 09:41 (Alfredo Burghi ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VOLUNTÁRIOS



Precisam-se de voluntários

Agora que mandaram tudo que quiseram e puderam; coisas compradas e outras retiradas dos fundos dos armários, perceberam o quanto tinham de porcaria em casa. Inutilidades. Bagulhos, melhor dizendo. Tinham muita coisa sem o menor uso, que serviam para nada, simplesmente nada. Estavam lá o tempo todo, ocupando espaço. Suas energias intrínsecas estavam mortas, ressecadas. Será que atentavam sobre os seus donos? Transmitiam um mau agouro por não participarem de nada? Agora tinham mudado de mãos. Estavam em galpões, amontoados, embrulhados em sacos plásticos, fronhas velhas, sacolas de todas as lojas da região. Tinhas deixado as casas de onde vieram. Se acostumavam com insegurança ao novo ambiente, seu cheiro, seu clima. Sua nova moradia? Ficariam ali para sempre? Seriam removidos? Que destino tomariam depois de quanto tempo? Será que se acostumariam ao novo ambiente. Teriam mais participação na vida dos novos patrões? Serviriam aos seus corpos e aos seus propósitos? Estariam adequados à temperatura que mudou radicalmente depois das chuvas e agora é só calor, insuportável calor de alto verão?

Lá fora muita gente necessitada. Sem roupas. Sem travesseiros. Sem colchão. Sem nada. Sem vida, sem afago de novas coisas que esperam nos galpões solitárias e amontoadas. Coisas que querem encontrar seus novos donos e fazer-lhes carinhos. Renovando suas próprias vidas. Renovando a vida deles.

Precisam-se de voluntários para fazer o encontro depois das águas. Do carente pelo amor com o amor necessitado. Participe. Só custa seu tempo. E nessas horas, tempo não vale nada.

Jaraguá do Sul, 9 de dezembro de 2.008.

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