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Poesias-->CANTO OITENTENSE A UM RICAFLORENSE -- 09/12/2008 - 20:35 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CANTO OITENTENSE A UM RICAFLORENSE

para TOINHO PORTELA



Antônio Hermenegildo

Sob alcunha de Toinho

De fato e de direito

Portela no pergaminho

Do registro de nascimento

Não o julgueis um velhinho



Nasceu nos idos quarenta

Acrescente-se um ano mais

No início da grande guerra

Logo ele, que é de paz

E o seu arsenal em terra

É bem outro, mas satisfaz:



Os livros e os amigos

Poucos, dentro do limite

E há um que entre perigos

Chateia e talvez o incite

Todo tempo, toda hora

Toinho finge que permite



Sua causa predileta é

Preservar dois companheiros

Nesses parece ter fé

Porquanto assaz passageiros

Um deles lhe arde até

Mas ambos são lisonjeiros



O outro funciona quando

Bem gelado mas à manière

E o preserva degustando

Durante um período qualquer

Sendo assim os vai cultivando

No tempo-espaço que puder



O conheço há anos e anos

E se conta houvesse, contaria

Nunca mantive em meus planos

Calendário com mês e dia

Posto que a amigos lhanos

Não carece contadoria



Quando começou, não importa

Vale só porque começou

E nesta minha vida torta

Toinho por vezes consertou

Meu jeito de abrir “porta”

Que a vida me fechou



O comum entre mim e ele

Consiste em algumas vias

E a literatura nos impele

Para outras freguesias

Música (Wagner o compele)

Para além das liturgias



Futebol, já gostamos muito

Quando se suava a camisa

E se pelejava no intuito

De vencer por qualquer brisa

Sói que hoje nada é gratuito

Mesmo de quem nem precisa.



Lá pelos anos sessenta

Era um grupo bem fechado

Quatro amigos, uma ementa

De um entrecho inacabado

Cada um de per se inventa

Seu destino idealizado



Um partiu pra João Pessoa

E a Freud se alinhou

Outro escritor na garoa

De Sumpaulo se aquietou

Mas o Portela numa boa

Do tribunal se aposentou



O quarto cabra sou eu

Que não dei pra muita cousa

Com pose de menestrel

E outro olho na lousa

Vou cumprindo meu papel

Enquanto a sorte não pousa



Sorte há demais e garanto

Se existe Toinho por perto

E sempre pro meu espanto

Até aqui tudo deu certo

Eis que concedo este canto

E em gratidão o converto.



WALTER DA SILVA

Camaragibe, 09.12.2008



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