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Cronicas-->O SORRISO DE BUDA -- 09/05/2005 - 18:19 (sandra elisa da silva mattos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Admiro Buda.
Olho seu sorriso calmo e penso: como ele conseguiu chegar nesta perfeição?
Conheço toda a história, a de um príncipe que deixou seu palácio de riquezas e luxos para procurar um modo de sair da roda das reencarnações, etc, etc.. Mesmo assim, sabendo disto, ainda pergunto: como ele conseguiu?
Como ele conseguiu chegar no chamado "caminho do meio", da compaixão irrestrita por tudo o que é vivo?
Eu tenho compaixão, mas não irrestrita. Consigo ter compaixão das formigas, por mais que me piquem, dos espinhos de uma rosa, por mais que furem meus dedos, de um cachorro que me morda, mesmo sem ter motivos, mas não dos seres humanos.
Não consigo ter compaixão por um sujeito que assassina mulheres velhas, por mais que eu conheça algumas que bem mereciam ser assassinadas, porque elas já mataram todas as esperanças que os outros tinham;
Não consigo ter compaixão por aquela mulher que engana o namorado ou noivo ou marido, por mais que eu saiba que muitos deles já enganaram a muitas mulheres;
Não consigo ter compaixão por aquele chefe que paga mal aos empregados, rouba-lhes o tempo de vida e de saúde, por mais que eu saiba que muitos apenas querem emprego e não trabalho;
Não consigo ter compaixão por aquele senhor político ou administrador público ou excelência do judiciário que numa "canetada" muda a vida de um ou de muitos, por mais que eu saiba que nem todas as leis ou decisões sobre elas sejam para o mal da humanidade.
Exemplos assim existem muitos.
Vejo o mundo ao redor e não consigo ter pena de meus próprios "camaradas" de espécie. É difícil. Muito difícil esquecer seus erros, por mais que os acertos até sejam muitos.
O assassino pode estar matando para roubar, porque alguém em casa chora de fome, a namorada pode enganar, porque as paixões podem surgir inesperadamente e nem toda a lógica do mundo podem demove-las, o patrão pode não ter a quantidade de dinheiro o suficiente para o salário, porque naquele mês teve que pagar muitos mais impostos do que antes, sua excelência pode ter decidido de modo errado e adverso, porque leu tantos processos que se enganou, como a qualquer um pode acontecer.
São erros, são acertos, são humanos, são tão desumanos.
Eu também sou desumana, porque não aceito os erros dos outros, assim como não aceito os meus, também.
Por isto olho Buda e penso: como ele conseguiu?
Como ele conseguiu chegar numa perfeição destas?
Admiro-o e invejo-o.
Queria te-lo conhecido e ao mesmo tempo, queria que ele nunca tivesse existido.
Ele tem compaixão por todos nós e aceita nossos defeitos e até nos ensina como driblá-los.
E nós?
Ficamos ali fazendo sempre as mesmas coisas, os mesmos erros, errando sempre e sempre errando num mundo de poucos acertos.
E ele?
Olha para nós com seu sorriso lindo e maravilhoso e entendendo que nós somos apenas humanos "demais"!

09/05/05.
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