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Erotico-->Sexo no olhar -- 29/08/2004 - 15:43 (Juraci de Oliveira Chaves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A porta do quarto se abre lentamente. Um rangido suave quase numa canção, a fez virar para a claridade que entrava acompanhada de passos conhecidos. Impossível desconhecer estes passos. Fecha a porta devagarzinho atrás de si. O quarto na penumbra não é empecilho para observar aquele brilho no olhar. Olhar fogoso, malicioso, cheio de sexo cruzou com o dela também aflorado de excitação.
Lá fora, o silêncio cortado por uma chuva fina e a brisa úmida atravessa as cortinas da janela semiaberta. Um frio não agressivo convida às cobertas.
De cima para baixo aquele olhar fita-a sem timidez, arrepia a pele queimada de praia, marcada pelo biquíni minúsculo. Demarca seu corpo. Ele a admira. Escultura bela na cama. Desnuda, despe-a com um olhar longo e retilíneo. Tamanha excitação, tesão em alta no termômetro humano. Malícia e desejo, ereção palpitante. Ele estava pronto para enfrentar os encantos em labirintos.
Pensamentos em brasa, ferventes diante dela, vagando entre a pressa do desejo e a vontade de fazer este momento duradouro. Músculos retesados adrenalina no sangue exprimido em turbinas em ebulição, turbinas de gozo.
Aproxima-se, descobre por completo a silhueta perfumada sobre a cama macia. O lençol branco acetinado escorrega e se torna mais um ponto que faz parte do cenário. Dobras sobre dobras em desenho acetinado se esparramam num quadrante à meia luz. Um abajur derrama uma claridade opaca, fosca e sonolenta.; no quadro sobre o criado-mudo, uma foto em sorriso ao lado de um solitário guardando uma rosa natural, ainda orvalhada se responsabiliza pelo perfume suave e natural do ambiente. Ele chega mais perto, sussurra molhado no ouvido dela, palavras picantes, agradecido por ela estar nua e sem calcinha. Excitava com a nudez feminina, sua nudez. Mostra e roça nos seios avantajados, o membro viril, ereto sem pudor algum. Possesso de inquietude, hipnotizado, latejante, acelera movimentos. Procura uma fenda de amor para penetrar. Fenda úmida latente, onde ao gozar parece existir um coração pulsante ou uma rosa que se abre e fecha apertando o membro vigoroso. Abraça-a ainda deitada e a levanta num ritmo lento para que sinta a fragilidade do homem diante da mulher desejada. Não o incomodava curvar-se diante dela, era a verdade. Agarra-a quase com força, encharcado de tesão. Controla as emoções e prolonga o fetiche mágico. Agora não, ele pensa. Busca mais aconchego nos corpos entrelaçados. Procura os lábios carnudos e trêmulos. Lábios que são incapazes de pronunciar alguma palavra, frenéticos de desejos. Um murmúrio dela, quase um gemido longo quebra o silêncio. Calafrios se sentem outros gemidos se ouvem, línguas sedentas por prazer se movem ora lentamente ora com veemência. Percorrem todos os recônditos de corpos latentes, misteriosos e suados. Suados e cheios de gozos prestes a explodirem. Desconhecem o pudor de infância. Ignoram tudo que fora ensinado. Não há pecado no amar. Desejo, tesão e prazer se confundem. Unem-se, apertam os corpos eletrizados cada vez mais, se juntam cada vez mais numa volúpia intensa, desenfreada mordiscando aqui, ali, por todo o corpo, por todas as partes. Desconhecem o barulho externo, esquecem o mundo lá fora. e descobrem segredos ocultos descobertos no beijo febril em volúpia e sofreguidão. Abrem-se os trincos do amor nos toques sutis, toques que se infiltram, se enroscam nos segredos entranhados ou à mostra. Enlace de pernas, encaixe de línguas numa entrega gostosa e completa. Vontade tamanha e o gozo em sensações inéditas conhecem o outro lado da ardência do prazer. Delirante loucura se mistura com o sêmen do amor. Amor na sua essência última.


Juraci de Oliveira Chaves
www.jurainverso.kit.net ( Aqui texto ilustrado)
Pirapora MG 29 de agosto 2004
juraci@interpira.com.br
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