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Artigos-->OS NAZISTAS e a EUTANÁSIA -- 10/04/2001 - 20:34 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com a promulgação, na Holanda, da primeira lei que regulamenta o uso da "eutanásia", reacende-se na Alemanha um debate difícil, uma retomada da interminável confrontação com os excessos praticados pelos nazistas. Os temas da eutanásia e da clonagem humana remetem diretamente às teorias nazistas da limpeza étnica como arma ideológica de dominação. Os jornais e revistas alemães online trazem hoje matérias e extensos dossiers a respeito. A humanidade corre perigo. Um olhar de volta ao passado não tão distante, para muitos dos articulistas, é uma arma capaz de evitar o pior. A catástrofe cada vez mais fortemente se insinua no conturbado cenário deste início de milênio.



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400.000 pessoas foram vítimas do programa de eutanásia dos nazistas



O debate sobre a ajuda ativa a moribundos na Alemanha é ofuscado pelo passado. Muitos associam a eutanásia, hoje, ao assassinato, pela ditadura nazista, de pessoas física e psiquicamente prejudicadas. De acordo com a ideologia do nazismo, por sua incapacidade de determinados desempenhos, essas pessoas eram classificadas como "inúteis para a vida" e deviam ser mortas.

Já em julho de 1933 havia sido promulgada a "Erbgesundheitsgesetz" [lei da saúde genética]. De acordo com ela, aqueles que sofriam de determinadas enfermidades poderiam ser esterilizados. Entre tais enfermidades, contavam-se também severas malformações físicas e alcoolismo. De 1933 até 1945, foram esterilizadas à força cerca de 400.000 pessoas, preponderantemente os assim chamados "associais" ou "existências inúteis".

Com a ordem de aplicação da eutanásia por Adolf Hitler, em outubro de 1939, crianças aleijadas seriam enviadas às assim chamadas repartições especializadas em crianças e, ali, assassinadas por falta de alimentação ou envenenamento. Para a apreensão e escolha das vítimas, a chancelaria do führer fundou a organização camuflada "Reichsarbeitsgemeinschaft Heil- und Pflegeanstalten" [comunidade de trabalho do Reich / instituições de cura e tratamento]. A empresa "Gemeinnütziger Krankentransport GmbH" [transporte de doentes para uso comum cia. ltda.], da SS, assumiu o transporte dos "selecionados" até os centros de morticínio.

No final de 1939, no castelo Grafeneck em Württemberg, a primeira dessas instalações entrou em funcionamento. Mais tarde foram erigidas outras instituições para a aplicação da eutanásia. A partir de 1940, o assassinato em massa avançou em direção aos internados em instituições de cura e tratamento.



Ao final de agosto de 1941, em razão de protestos por parte da população e, especialmente, por parte da Igreja, o programa foi aparentemente interrompido. Pesou sobretudo o discurso do bispo de Münster, Graf Galen. Pela primeira vez, abertamente, deu-se a tais ações o nome de "assassinatos"., Isso obrigou Hitler a implementar formalmente a "Aktion T 4" (assim chamada em referência ao endereço da central da organização responsável pelo assassinato em massa: Berliner Tiergartenstrasse 4). Nessas alturas dos acontecimentos, já 60.000 pessoas haviam sido assassinadas.

Os assassinatos prosseguiram ainda, secretamente, até pouco antes do final da guerra. Entre 1941 e 1945, algo em torno de 30.000 pessoas foram ainda vítimas da ordem de aplicação da eutanásia. As instituições responsáveis, em sua maior parte, eram instaladas nas regiões ocupadas do leste. A partir de 1942, os nazistas não mandavam mais matar as suas vítimas em câmaras de gás. Deixavam-nas perecer, em vez disso, de inanição ou enfermidades mortais inoculadas pela injeção de veneno, querendo sugerir assim a aparência de que as vítimas tivessem tido "morte natural".



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