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Contos-->CHUPARELLA -- 18/04/2008 - 12:40 (ASCHELMINTO da SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Erra uma vez, numa cidadezinha do interior do reino de Banguélya, uma linda menina nasceu.
Essa menina era filha de um rico fazendeiro, mas mesmo com essa sorte do caralho, a mãe dela morreu de parto.
O rico fazendeiro logo casou com uma criatura da cidade, que também era viúva e tinha duas filhas, chamadas Feiona e Orrívia.
Por imposição da tabaca da viúva, o fazendeiro mudou-se para a capital do reino, mas, não estando bem adaptado à vida citadina, morreu em pouco tempo, deixando a filha ainda pequena e toda a fortuna à mercê da viúva, que não era flor que se cheirasse, e se chamava Bostelina.
Bostelina era uma madrasta, e como tal botava pra fuder em cima da garotinha filha de seu falecido marido, que fora batizada de Chuparella.
Chuparella logo cedo conheceu o que era uma dura, uma vida dura, pois fazia todo o serviço da casa, enquanto Feiona e Orrívia, cujos nomes não faziam justiça à suas aparências pra lá de destituídas de graça, tripudiavam da criatura, injuriando-a diuturnamente.
Embora a riqueza de Bostelina e suas filhas fosse a herança que o pai de Chuparella deixara, esta não gozava de nada de bom, vestindo farrapos e se fudendo de trabalhar.
O tempo passou, como sempre acontece, e Chuparella foi crescendo e ficando gostosona, bunitona e tesudona, para desespero e despeito das suas irmãs xexelentas.
Bostelina sempre dizia que Chuparella nunca ia se casar, pois o primeiro homem que aparecesse naquela casa deveria desposar uma de suas filhas encalhadas. Quando ambas encontrassem uma pica corajosa o bastante para enfiar nas feiosas, é que Chuparella poderia se casar.
- Isso não é justo. Reclamava Chuparella. Desperdiçar essa gostosura que sou eu por que essas mondrongas não acham marido. Vai se fuder.
- Por falar essas coisas é que você vai ficar sem jantar hoje. Já pro quarto.
Quarto era o nome que Bostelina dava para um pedaço do sótão em que ela ajeitou uns panos no chão pra fazer de cama para Chuparella.
Naquela noite, depois de se esfregar toda, Chuparella chorou.
- Nunca vou fuder. Nunca vou sentir uma pica na minha bucetona.
Foi aí que uma pequena luz penetrou o quarto e veio pousar perto da garota.
- Era só o que me faltava. Um vaga-lume. Vou matar essa porra.
- Calminha alma minha, não mate a sua Foda Mainha.
- Foda Mainha, eu não acredito mais em contos-de-fodas. Vou picar-lhe a porra.
Nesse momento a Foda Mainha se materializou na forma de uma bujãozuda matrona, com uma pica de silicone na mão, cuja cabecinha emitia uma luz avermelhada.
- Oh! Não é que é verdade mesmo. E o que é isso em sua mão?
- É minha cacetinha de fodão. Não é bunitinha?
Chuparella ficou tão emocionada que até gozou.
A Foda Mainha lhe assegurou que sua vida iria mudar, e mudou.
No dia seguinte Bostelina acordou azeda e mandou Chuparella fazer vida para comprar pão pra si, pois o pão de casa era dela e de suas filhotas de monstro.
Chuparella ficou boquiaberta.
- Mas eu nem sei fuder. Sou virgem com ascendente 69, digo, gêmeos. O que faço?
- Faça o que seu nome diz: chupa!
E Chuparella foi posta pra fora, com a boca pintada de batom bem vermelho. Caminhou até uma esquina suspeita, na beira de um beco sujo e se enconstou num poste, fazendo pose de putona para atrair freguês.
E o que não faltou foi freguês para aquela gostosona, mas a polícia baixou e foi porrada pra todo lado. Por pouco Chuparella não vai pra cadeia, se não fosse sua habilidade de por sebo nas canelas, estaria em cana.
Chegou em casa toda estrupiada e foi recebida com porrada pela viúva e suas filhas.
No dia seguinte o jornal veiculou a notícia que o rei iria abrir um chupa-chupa para o príncipe se iniciar sexualmente; e quem quisesse se inscrever deveria comprar um formulário na banca de revista mais próxima e aguardar o chamado.
Feiona e Orrívia compraram um formulário cada uma e estavam felizes da vida pois iriam para o chupa-chupa do palácio, mas Chuparella não iria.
As duas feiosas passavam os dias treinando, chupando vela-sete-dias, frasco de neutrocs bananas-da-terra, salames e até mortadelas, tudo pra ficar em forma para a chupança.
Quem fizesse o príncipe gozar mais gostoso seria a nova princesa.
O grande dia chegou, e Chuparella estava triste.
Todos haviam comprado dentaduras novas para o abocanhamento do pau do príncipe, mas ela não tinha nenhuma perereca. Estava banguelona.
Depois que Feiona e Orrívia saíram, acompanhadas de Bostelina para o grande evento do reino, Chuparella chorou de dar dó e dor no cu.
Foi quando a Foda Mainha apareceu, com a cacetinha de fodão enfiada toda na buceta.
- Porque chupas, ó Chorarella, digo, porque choras, ó Chuparella?
- Porque eu não vou poder chupar o pau do príncipe no chupa-chupa real.
- E porque não? Você tem boca, não tem?
- Cai na Real Foda Mainha, tem que ter dentadura pra ir num treco chique desses. É no palácio real, sacou?
- Relaxe, Chupinha, tudo tem jeito. Está vendo aquelas cascas de banana ali na lata de lixo, pegue-as por favor.
- Pronto.
- Bota na boca.
- Porra nenhuma.
- Bota essa desgraça na boca, antes que eu me rete com você!
- Tá bom, tá bom.
Chuparella obedeceu a ordem da Foda Mainha e depois que ela colocou as cascas podres de banana na boca, a matrona começou a se remexer, sacudindo a cacetinha de fodão que brilhava cada vez mais intensamente, enquanto ela murmurava:
- Hum-hum mizifiu, essédifudê. Botanuzédiobrá mizifiu. Hum-hum.
De repente, depois de um jato melento da cacetinha de fodão bem na cara de Chuparella, duas dentaduras lindas, brancas e reluzentes se formaram e se adaptaram perfeitamente em sua boca e ela ficou maravilhada.
- Bigada Foda Mainha. Você é dez...graçuda.
- Mas faltam ainda algumas coisinhas.
- O quê?
- Roupa, né minha fia e um veículo para te levar ao palácio. Ou você quer ir pelada e na paleta?
- E o que é que eu faço? As roupas de Feiona e Orrívia não servem para muá.
- Pegue uns papéis de bunda, mas só serve se for bem sujo. Se enrole toda com eles que eu vou fazer minha mandinga.
E assim foi feito.
Quase vomitando devido ao papel higiênico melado de merda, Chuparella nem acreditou quando eles viraram um modelito féxiõ que a deixou sensual e apelativa, depois de mais um jato da porra melenta da cacetinha de fodão.
- Agora só falta mais um feitiço e você estará prontinha pra arrazar.
- Essa cacetinha de fodão é poderosa, não é mesmo Foda?
- Se não fosse o viagra que eu pus nela hoje cedo, só tinha dado um feitiço.
A Foda Mainha mandou que Chuparella pegasse um penico velho e sujo e levasse para o jardim da casa.
O tal penico enfeitiçado virou um Fode Ku, o carro da onda no reino.
- Não esqueça Chuparella – alertou a Foda Mainha – os feitiços acabam à meia-noite. Se passar dessa hora com você chupando o pau do príncipe, sua boca vai encher de casca podre, seu corpo vai ficar coberto de papel de bunda sujo, e você vai ficar com um penico cheio de merda preso no seu pé.
Chuparella foi guiando até o palácio e se dirigiu toda serelepe até a fila do chupa-chupa, pronta para chupar a caceta do príncipe.
Ao contrário dos chupa-chupas tradicionais, não era a mulher que ficaria dentro da caixa com um buraquinho para o homem introduzir o pau que seria chupado, mas sim o príncipe estava dentro de uma caixa, com o pau de fora, esperando pela chupação.
E haja boquete.
- Eu não sei como ele agüenta tanta chupada? Disse uma fulana para outra. Deve ser um baita garanhão, pois o pau nunca amolece e tem sempre gala pra todo mundo.
A fulana estava certa. As coisas não eram bem como pareciam.
Como todo homem normal, o príncipe não ia agüentar dar tantas numa única noite, então o que ele fez? Dentro da caixa ele tinha uma mini-televisão onde podia ver a cara da dita-cuja que iria chupar seu pinto, se fosse bonita, ele botava o pau pra fora e deixava rolar, caso contrário, tinha toda uma guarnição de soldados, esperando no sub-solo, que se deixavam chupar no lugar do príncipe, para poupá-lo de boquetes embaraçosos.
Até o momento o príncipe não tinha sido chupado por ninguém.
- Que porra de reino da disgraça é esse que só tem canhão!
Foi quando ele viu pela tv o pitelzinho que vinha adentrando o pátio do palácio, toda apertadinha num mini-vestido que estufava peito e bunda pra todo lado. O pau do príncipe ficou alerta.
Quando chegou a vez de Chuparella chupar, ela ficou decepcionada e pensou.
“Não é possível, todo mundo está falando que o príncipe tem um pausão da porra, teve uma criatura que até deslocou o maxilar, e agora que eu vou chupar, é só essa piquinha. Gastaram o pau do príncipe de tanto chupar.”
Mas ela chupou assim mesmo, e o príncipe, virgem que era, gozou alucinada e antecipadamente, melecando a cara de Chuparella de gala. Seus gemidos foram mais altos que os ouvidos até aquele instante, e todo mundo se assustou.
Feiona e Orrívia, que nem fizeram os caras chupados gozarem, estavam irritadas.
- É aquela vagabunda da Chuparella fazendo esse escândalo na pica do príncipe.
Mas então, o relógio bateu meia noite.
Chuparella se lembrou das palavras da Foda Mainha e partiu alucinada, antes que os feitiços se desfizessem. Na pressa porém ela deixou ficar presa na pica do príncipe a sua dentadura, única lembrança do rapaz daquela boca que lhe chupara tão deliciosamente.
Chuparella ganhou como castigo mais trabalhos na casa das monstregas, e uma boa sova.
Os jornais daquela manhã traziam a seguinte manchete:
“Procura-se a melhor chuparina do reino”
O príncipe estava perambulando de casa em casa, experimentando em todo mundo a dentadura que ficara presa em seu pau.
Em ninguém cabia.
Numa ficava apertada, noutra ficava folgada.
Onde estaria a dona daquela dentadura.
Um pensamento perturbador passou pela cabeçona do príncipe, já que a cabecinha estava ocupada com a dentadura:
“E se a criatura que me chupou não fosse mulher? E se fosse um traveco?”
O príncipe preferiu nem pensar mais naquela possibilidade e continuou sua peregrinação.
Por fim foi chegar na casa de Bostelina.
- Pois não sua majestade, pode entrar em minha humilde casa.
- Soube que tens duas filhas e queria experimentar essa dentadura que ficou presa em minha pica, pra ver se são elas as felizardas que me fizeram gozar.
Bostelina chama Feiona e Orrívia para experimentar a dentadura.
- Mas mamãe, não foi essa piquita que eu chupei, a que eu chupei era tão grande. Disse Feiona.
- E a que eu chupei era preta. Completou Orrívia.
- Calem a boca e botem a boca na botija, digo, na dentadura.
Elas tentaram com toda a boa vontade, mas nada de dar certo. Suas bocas nem de longe se ajustaram na dentadura que estava presa no pau do príncipe.
Ele estava triste. Aquela era a última casa do reino que ele visitava e nada. Teria que experimentar nos homens para ver se não foi mesmo um travesti que o chupou.
Porém, um barulho vindo da cozinha chamou-lhe a atenção.
- Tem mais alguém na casa?
- Nã-não é ninguém não, é só a empregada.
- Posso vê-la?
- Será perda de tempo majestade, ela é uma desmazelada, não teria condições financeiras de se produzir toda para ir ao palácio.
- Mas eu quero vê-la. Traga-a aqui.
Sem outro jeito, Bostelina chamou Chuparella que, ao entrar na sala e experimentar a dentadura, revelou que era ela a chuparina de sorte que fizera o príncipe gozar.
- Muito prazer alteza, Chuparella às suas ordens.
- O prazer foi todo meu. Príncipe Kinha ao seu dispor.
Bostelina, Feiona e Orrívia perderam a fortuna e transformaram a casa em que viviam em um puteiro, o mais famoso de Banguélya.
Chuparella e Príncipe Kinha se casaram numa cerimônia de meia-nove e todos viveram e fuderam felizes para sempre.
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