Em sua existência poética e engenhosa,
Embora procurando sentido para a vida,
Pareceu-me ser uma alma aflita.
Grandiosa, sábia e criativa.
Um pouco de verdade na palavra dita
Uma decepção em uma crença e noutra.
A crença na vida eterna,
Abalada pelo distúrbio social,
Pela corrupção e pelo desmando
Que tanto nos causam mal!
É como a flor entre os espinhos
Na verde palma do cardo.
É espinho ferindo a alma
Do altruísta e humano bardo.
Acaso não é filho de Deus?
Ele jamais abandona os filhos seus,
Mesmo feridos em sua fraqueza.
É nessa hora que ao filho o Pai empresta
Toda Sua divina fortaleza,
Capaz de transformar a sua dor
E o sofrimento por maior que seja,
Em paz perfeita, alegria e eterna festa!...
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