A voz da tarde
OlgaMatos
25/06/2006
Lá fora a tarde se amacia,
a luz vai envelhecendo,
o sopro da brisa principia
mudo, brando e pardacento...
Cá dentro um fio fino,
tonto e renitente
s’estica e mais se afina...
luze somente por que teima.
Um acorde forte atrevido
retine a fraca vidraria
sacudindo a fantasia...
Por trás da voz da tarde,
persiste o doentio chiado
dos livres ais noturnos alquebrados...
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