Meu fantasma Interior (Com Lúcio Francisco Sant`Anna)
Aqui será meu túmulo,
meu último Jardim,
minha casa?
Farei das mercês
fatos bobos ignorados,
amortecidos.
Eu sou a resposta
para tudo que me atormenta.
Minha mente já não se agüenta.
Colos correm
aos meus braços.
São cansaço,
embaraço.
Não governo nem a mim,
como ordenarei tua pessoa?
Minha sorte é o dissipar
corpóreo que ocorre diariamente.
Agonia, plástica perfeita
e pura beleza
quimérica, que subjuga meu coração.
Sou agora tão grande quanto um grão.
A areia em meus pés
faz meu corpo
procurar conforto nos infiéis.
O balido agressivo de tua boca,
pobre pessoa canora:
o som é antiestético,
vulgar e energético:
poético!
|