Tomada pela inércia que me invade o corpo entrego-me extenuada à sonolência.
Perco a noção das horas. Deliro. Assisto, lânguida, o desfilar dos séculos e revejo minhas vidas passadas. Sonho pesadelos coloridos. Tormentos afligem-me ao extremo. Abato-me frente a meus erros e inúmeras culpas. Feridas abrem-se em meu corpo; eu própria as escarifico tomada por uma sanha, um desdém enorme voltados contra mim.
Não mais suporto conviver com esta sensibilidade excessiva. É doloroso demais.
Minha tristeza é infinda; a dor que carrego tamanha, só rezo que seja breve meu fim.