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Artigos-->Iracema -- 27/11/2002 - 11:06 (Paulo Machado da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SOCIEDADE UNIFICADA DE ENSINO SUPERIOR AUGUSTO MOTTA - SUAM







Trabalho de Literatura Brasileira - 2º GQ













POR : ADRIANA MOREIRA

ALEXANDRE

DANIELE QUINTANILHA

FLÁVIA GARCIA

PAULO MACHADO (alunos de graduação em Letras)













Professor CARLOS THEOBALDO















CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA - UNAM



RIO DE JANEIRO – 2º SEMESTRE DE 2002









INTRODUÇÃO







A obra Iracema, de José de Alencar, conta a história de um amor puro entre uma índia da tribo dos Tabajaras, que guarda consigo o segredo da Jurema, e o guerreiro branco Martim, o primeiro colonizador português do Ceará. Eles se apaixonam e Iracema, a virgem dos lábios de mel, decide abandonar a sua tribo e seguir com o seu amado para o litoral. Lá, eles vivem em uma cabana juntos com Poti, índio da tribo dos Pitaguaras, amigo de Martim.

Iracema engravida e dá à luz Moacir, cujo nome significa “filho da dor”. Ela permanece a maior parte do tempo sozinha em sua cabana, porque Martim ausentava-se freqüentemente para guerrear.

O assunto do livro também nos mostra a história do Ceará e o ódio entre as tribos Tabajaras e os Pitaguaras.























































Iracema, em um belo dia de sol à pino, no meio da floresta, junto com sua companheira e amiga, a graciosa Ará, se banha nas águas alvas da praia. De repente ouvem-se ruídos vindos da floresta. As duas descobrem que ali está um guerreiro branco a observá-las. Iracema, assustada, lança-lhe uma flecha, que o acerta. Arrependida ajuda-o, levando-o para a sua aldeia O homem branco é abrigado na cabana do pai de Iracema, Araquém, o pajé da tribo Tabajaras.



O pajé acredita que é Tupã que traz o hóspede à cabana e, sendo assim, quando for a hora, Tupã o levará. Iracema apaixona-se pelo estrangeiro, mesmo sabendo que esse amor seria impossível de se realizar.



Araquém decide que Martim ficaria o tempo que fosse preciso em sua cabana, até que chegasse o momento de partir, já que ele havia se perdido do seu amigo Poti na floresta. Chegando a hora da partida, Caubi, irmão de Iracema, acompanha o estrangeiro como guia. A virgem dos lábios de mel se entristece, pois não queria que Martim se fosse.



Irapuã, o maior chefe da nação dos Tabajaras, e seus guerreiros tentam capturar Martim, quando Iracema aparece e os enfrenta para salvar seu amado. A virgem sabia que se entregasse a flor de seu corpo ao estrangeiro morreria. Mas já era muito tarde. A filha de Araquém estava disposta a se opor à sua tribo para ficar junto do branco.



Uma noite, Iracema serve o vinho de Tupã para Martim, pois ele havia lhe pedido isto, só para imaginar que a possuiria. Enquanto imaginava estar sonhando, Iracema “torna-se sua esposa”. Jurema é uma árvore meã que com suas folhas e outros ingredientes produz-se uma bebida que provoca sonhos tão vivos e intensos, que a pessoa sente com delícias e que como se fossem realidade as alucinações agradáveis da fantasia excitada pelo narcótico. A fabricação dessa bebida era um segredo, explorado pelos pajés, em proveito de sua influência. Iracema guarda o segredo da jurema e o mistério do sonho, fabricando o vinho sagrado para o pajé.



Martim é ameaçado por Irapuã, que quer invadir a cabana de Araquém para matá-lo. Iracema encontra Poti, próximo à aldeia dos Tabajaras, e juntos planejam a fuga de Martim. Enquanto os guerreiros Tabajaras se preparam para a guerra contra os Pitiguaras, Iracema serve o vinho da jurema para os guerreiros, que começam a delirar. Ela leva Martim e Poti para longe da aldeia. Já um pouco distante, o guerreiro branco pede a Iracema que volte para cabana de seu pai, mas ela quer acompanhá-lo até onde acabam os campos dos Tabajaras para poder voltar aliviada, sabendo que seu hóspede estaria salvo.



Chega o momento em que os três já se encontram fora do território Tabajara e Iracema deve se separar de Martim. Ela diz, entretanto, que não pode mais deixá-lo. Martim se desespera e teme que o Pajé a amaldiçoe, pois a filha traiu o segredo da Jurema.



Os guerreiros Tabajaras despertam e descobrem que foram traídos por Iracema. Perseguem os fugitivos que estão na floresta, quando escutam os Pitiguaras se aproximando pela mata.



Os Pitiguaras, avisados da invasão dos Tabajaras, juntam-se aos fugitivos e é travado um sangrento combate. Iracema luta ao lado de Martim contra a sua tribo. Caubi, ao ver sua irmã, tem seu peito tomado de raiva e resolve atacar Martim. Iracema, ao ver aquela cena, se une a seu esposo e diz que se o guerreiro Caubi tem de morrer, que seja pelas suas mãos.



Martim abandona a luta contra o filho de Araquém e corre sobre Irapuã. O chefe dos Tabajaras avança contra o adversário e Iracema luta contra a fúria dele, matando-o. Os guerreiros Pitiguaras, conduzidos por Jacaúna e Poti, varrem a floresta. Os Tabajaras fogem arrebatados de ódio pela filha de Araquém



Os Pitiguaras ganham a luta. Iracema se envergonha, entristecendo-se pela morte de seus irmãos Tabajaras. Depois que Iracema chega à terra dos Pitiguaras, inimigos do seu povo, a alegria só está presente nos momentos em que seu esposo está junto dela. O guerreiro do mar deixa a cabana de Jacaúna com sua esposa e seu amigo Poti.



Os viajantes passam por Uruburetama. Os olhos do guerreiro branco se dilatam ao ver a imensidade daquele mar e as brancas areias de Potengi. Naquele momento, bate-lhe a saudade da terra natal.



O guerreiro cristão caminha sem destino. Quer apenas se afastar das tabas dos Pitiguaras para arrancar a tristeza do coração de Iracema. Assim, eles decidem morar no litoral. Durante algum tempo, são muito felizes.



Todas as manhãs, Iracema, a mais bela filha da raça de Tupã, se banha na lagoa Poramgaba ou lagoa da beleza. Por causa disso, as mães passam a mergulhar, desde então, suas filhas nessas águas.



Martim se enche de felicidade quando descobre que Iracema vai lhe dar um filho. Tendo adotado a pátria da esposa e do amigo, decide passar pela cerimônia de pintar o corpo, para tornar-se um guerreiro vermelho, filho de Tupã, e adotar um nome na língua de sua nação. Ele passa a se chamar Coatiabo.



Iracema percebe a frieza de seu esposo e sofre. Martim passa muito tempo longe, em batalhas junto com Poti, e sua amada fica sozinha na cabana.



Enquanto Martim lutava contra os Guaraciabas, o primeiro filho que o sangue da raça branca gerou nesta terra da liberdade vê a luz nos campos da Poramgaba: Moacir, o nascido do seu sofrimento.



A luz da manhã entra pela cabana e com ela aparece Caubi. Quando Iracema vê o irmão, salta para proteger seu filho. Caubi disse que a havia perdoado e foi a vontade de vê-la que o trouxe. Ele se despede, mas promete voltar todas as vezes que o cajueiro florescer.



Solitária e saudosa, Iracema tem dificuldades para amamentar o filho e quase não come. Desfalece de tristeza. Já havia passado oito luas que Martim estava longe. Quando este chega à cabana, depara-se com seu filho nos braços da mãe, que lhe entrega dizendo: “- Recebe o filho de teu sangue”.



Ao colocar a criança nos braços de Martim, Iracema não se ergue mais da rede. Mesmo seu esposo enchendo sua alma de carícias, ela não pode mais voltar à vida. Poti e Martim enterram-na ao pé do coqueiro, à beira do rio.



Martim parte, levando seu filho. Volta, tempos depois, com outros brancos e um sacerdote “para plantar a cruz na terra selvagem”. Assim começa a colonização.



O território por onde se estendiam as nações Tabajaras e Pitiguaras mais tarde receberia o nome de Ceará.









SOBRE A ESTRUTURA NARRATIVA DE IRACEMA:





1) Elementos da Narrativa



O romance Iracema tem sua construção baseada nos seguintes elementos:



AÇÃO – TEMPO – ESPAÇO – PERSONAGENS





1.1 – AÇÃO



O ponto de partida para a análise de uma obra de ficção pode ser a ação, a soma de atos que compõem o enredo ou a história. Temos também em Iracema uma oposição entre duas forças. Dessa oposição resulta o conflito da narrativa.



Iracema, filha de Araquém, Pajé da tribo Tabajara, deve manter-se virgem porque “guarda o segredo de Jurema e o mistério do sonho. Sua mão fabrica para Pajé a bebida de Tupã”.

Um dia, Iracema encontra, na floresta, Martim, que se perdera de Poti, amigo e guerreiro Pitiguara, com quem havia saído para caçar e agora andava errante pelo território dos Tabajaras. Iracema leva Martim para a cabana de Araquém, que abriga o estrangeiro: para os indígenas, o hóspede é sagrado. O momento em que Martim encontra Iracema revela a idealização romântica em seu grau mais elevado.



O Conflito: Martim é ameaçado pelo chefe guerreiro Irapuã que, enciumado, quer invadir a cabana de Araquém e matá-lo. Apesar da advertência de Araquém de que Tupã puniria quem machucasse seu hóspede, os guerreiros de Irapuã cercam a cabana, que é protegida por Caubi.

Iracema encontra Poti, que está próximo à aldeia dos Tabajaras e deseja salvar o amigo. Planejam, então, a fuga de Martim. Durante a preparação dos guerreiros Tabajaras para a guerra com os Pitiguaras, Iracema serve-lhes o licor de Tupã, provocando-lhes delírio. Consegue conduzir Martim e Poti para longe da aldeia.

Quando já estão em terras Pitiguaras, Iracema revela a Martim que ela agora é sua esposa e deve acompanhá-lo. Mas os Tabajaras descobrem que Iracema traíra “o segredo de jurema” e perseguem os fugitivos. É travado um sangrento combate, no qual Iracema luta ao lado de Martim contra a sua tribo. Os Pitiguaras ganham a luta e Iracema se entristece pela morte dos seus irmãos Tabajaras.





1.2- O TEMPO



O tempo em que se desenvolve a ação pode ser material (cronológico) ou imaterial (psicológico). O tempo material – mais utilizado no conto e na novela – é objetivo, pode ser marcado pelo relógio. O tempo imaterial – que encontra seu lugar ideal no romance, especialmente o introspectivo – é psicológico, não pode ser medido materialmente.



Em Iracema, a impressão que tivemos com relação à visão do autor é subjetiva, pois o tempo não pode ser marcado pelo relógio.





1.3- ESPAÇO



Por espaço da narrativa, compreende-se o lugar, o espaço físico onde a ação dramática se desenvolve:

Em Iracema, o espaço é o território das tribos indígenas e as praias, que mais tarde originaram o Ceará.







1.4- PERSONAGENS



A personagem principal é Iracema. Martim, apesar de não se opor à protagonista, é o elemento que cria uma certa tensão na história. Pode ser entendido como antagonista pelo fato de levar Iracema a romper com os preceitos religiosos e sociais de sua tribo, o que termina conduzindo-a ao seu desfecho trágico. Como antagonista ao par amoroso, temos Irapuã. Poti é adjuvante, também com atuação relevante na história. O narrador conta a história em terceira pessoa.









BIBLIOGRAFIA





ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ática, 1997.



MAIA, João Domingues. Língua, Literatura e Redação. V.1. São Paulo: Ática, 1990, p. 79-84



























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