O Amor ideal!.. e o Luto!..
É como quando infantes idealizamos,
as pessoas e as cabais e belas relações;
Só agora, na senilidade observamos...
Que devemos abandonar a tais padrões.
Curumim, arquitetou em meio a sonho,
Crescido, carece ajuizar a rejeição à fantasia,
Descobrir que’Amor Ideal era um engodo,
E organizar o luto pra servir-se dele um dia.
Nasce dos contra-sensos que a vida trás;
Ficamos atrelados aos ideais do devaneio,
Perdemos as felizes estações da fé e paz,
Em busca daquele Ideal que nunca veio..
Como lidarei com o prognóstico então?
Como aceitarei as perdas e as frustrações?
A depressão reativa da minha solidão,
Queima como a lava magma dos vulcões.
Impetrarei ouvidos às músicas dos sonhos?
Heverá novos casos dos bons tempos vividos?;
Voltarei aquele lugar especial onde fomos?
Trasladarei Bocage, Cesário Verde comovidos?
E na ansiedade, como impotência e medos?
Talvez me sinta um vate tal Florbela Spanka,
Que sem saúde, sem amor ideal e sem apegos;
Deixa-nos tristes odes que a alma encanta.
E no sentimento de culpa das auto- acusações;?
O que fizemos, pra evitar tal perda, tal Averno?
Receios titubeantes suscitaram indicisões,
Optamaos por não tratá-las de modo mais terno?
E na raiva e hostilidade por meio de amuação?
E no trato dos filhos e familiares. O que espanta?
Ferozes, como lobos famintos na trilha de um leão,
Vivemos a nostalgia da poetiza Florbela Spanca.
Barcarena, 13 de fevereiro de 2009-02-13
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