Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63023 )
Cartas ( 21348)
Contos (13298)
Cordel (10353)
Crônicas (22573)
Discursos (3246)
Ensaios - (10604)
Erótico (13586)
Frases (51459)
Humor (20160)
Infantil (5570)
Infanto Juvenil (4918)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1386)
Poesias (141211)
Redação (3354)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2441)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6336)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Poesia Tresloucada (deslumbres) -- 13/02/2009 - 21:33 (Antonio da Silva Magalhaes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Poesia Tresloucada (deslumbres)



Senhora, é arriscado contempla-la,

Quando passa exalando um aromal,

Com seu tipo tão insigne e tão de sala,

Com seus gestos de neve e de metal.



Sem que n`isso a desgoste ou desenfade,

Quantas vezes, seguindo-lhe as passadas,

Eu vejo-a, com real solenidade,

Ir impondo situações complicadas!...



Em si tudo me atrai como um tesouro:

O seu ar contemplativo e senhoril,

A sua voz que tem um timbre de ouro

E o seu nevado e perspicaz perfil!



Ah! Como m`estonteia e me fascina...

E é, na graça distinta do seu porte,

Com as vestes suaves e femininas,

E tão alta e serena como a Morte!...



Eu ontem a encontrei, quando vinha,

Havaiana, e fazendo-me assombrar;

Grande dama funesta, sempre sozinha,

E com firmeza e musica no andar!



O seu olhar possui, n`um fogo ardente,

Um arcanjo e um demônio a ilumina-lo;

Como um florete, fere agudamente,

E afaga como o pelo d`um regalo!



Pois bem. Conserve o gelo por esposo,

E mostre, se eu beijar as suas mãos,

O modo controlado e orgulhoso

Que Anna d`Áustria mostrava aos cortesãos.



E em fim prossiga altiva como a Fama,

Sem sorrisos, dramática, cortante;

Que eu procuro fundir na minha chama

Seu inabitado coração, como um brilhante.



Mas cuidado, Senhora, não se afoite,

Que hão de acabar os devaneios reais;

E como homens humilhados, pela noite,

Para a vingança temperam os punhais.



E um dia, ó Belo lírio, das estradas,

Sob o céu Azul e as andorinhas,

Eu hei de ver vagar, alucinadas,

E arrastando farrapos--as rainhas!



Barcarena, 17/05/2005



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui