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| Poesias-->Carnaval da Superação -- 24/02/2009 - 16:04 (Lita Moniz) |
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Carnaval da Superação
O Brasil neste carnaval mandou para o mundo
um recado.
Deixem a crise de lado.
De norte a sul o carnaval foi animado.
Enfeites por todo o lado.
A minha gente vestiu-se de riqueza.
Mandou embora a pobreza.
A fartura encheu a mesa.
As ruas por onde o carnaval ia passar
trataram de se enfeitar.
Nos carros alegóricos o Brasil dá o recado:
O poder da criação fez o carnaval da superação.
Não era só alegria, riqueza e fartura o que ali se via:
Era a alegria que brota da sabedoria, do poder da criação.
Via-se ali o homem a reinventar outra forma de aqui estar.
Foliões a chegar de todo o lugar queriam desfilar a alegria,
o entusiasmo que contagia.
Descrever o carnaval do Recife, de São Paulo, do Rio e da
Bahia é sair desta dimensão.
Entrar no reino da animação.
O corpo todo se enfeita, quer mostrar que mais lindo pode ficar.
Pôr um sorriso no rosto, vestir-se de purpurina, deixar o corpo
a brilhar.
Mais perto dos deuses chegar.
No Carnaval da superação a crise não teve lugar.
Ninguém nela se quis fixar.
Chamar por ela era convidá-la a entrar.
As letras do samba-enredo falavam do segredo.
Cantaram a natureza e toda a sua beleza.
Abraçaram a magia do céu, da Terra e do mar, foram com
sereias dançar.
A magia da literatura não podia faltar, até Machado de Assis
puseram a desfilar.
A Portela traz o amor para a passarela, e como é lindo o amor
ao passar.
Fala de amores lendários, de feitiços de magia.
de amores que fizeram história.
Películas de cinema enaltecem a sua glória.
A França desfilou na Sapucaí, juntos os ideais de
Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Não com cara de revolução.
A natureza suavizou a dureza.
Ao passar lançava perfumes no ar.
As bailarinas do Grande cabaré da Cidade Luz passaram
ali a dançar.
Era a França a passar e o Brasil a saudar a nação em quem
sempre se quis espelhar.
E as águas a lavar o corpo e a alma, toda a natureza em festa
veio o carnaval animar.
O que se via ali então, nãe era senão o carnaval da superação.
Lita Moniz
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