MENSAGEM AS NOVAS GERAÇÕES DE MAÇONS
A Maçonaria brasileira, há escassas 3 ou 4 décadas, era bem diferente da de hoje, em todos os sentidos. Havia, na época, um desinteresse pelas práticas maçônicas, pela História da Maçonaria brasileira. A desintelectualização da Maçonaria, iniciada nos anos do Estado Novo, ia de vento em popa, com a iniciação de homens absolutamente despreparados para entender a ciência maçônica. A mídia maçônica era praticamente inexistente; os livros contavam-se nos dedos de uma das mãos e, com raras exceções, não primavam pela qualidade, principalmente no tocante à História da Maçonaria no Brasil.
Houve, nesse ponto, uma extraordinária evolução. Hoje há um interesse maior pela cultura maçônica; a publicação de livros cresce em progressão geométrica, embora haja muito entulho literário, do qual se salvam algumas boas obras; o número de jornais e revistas tem aumentado, embora muitos não possam, também, passar por um crivo de qualidade. De qualquer maneira, porém, já há uma consciência maçônica palpável - semelhante ao conceito de cidadania - acompanhada do desejo de conhecer uma instituição que, em nosso meio, confunde-se com a História do Brasil independente.
Essa consciência, inclusive dos dirigentes, permitiu que a Maçonaria, culturalmente voltasse a ocupar o lugar de destaque de que desfrutava no passado. Apesar disso, contudo, o entulho literário de 30 anos atrás continua a influenciar maçons.
A Maçonaria de hoje, participa do cenário político-social da nação, como mostram os muitos encontros e seminários, que estudam e debatem os temas atuais. Com isso e com o incremento cultural - necessário a qualquer atividade social - a Maçonaria brasileira superou o conceito de anacrônica com que era "brindada" há uns anos. Ela é cada vez mais viva e participante, cada vez mais ativa e entrosada na sociedade brasileira. Os que vivem o dia-a-dia da Maçonaria, têm podido aquilatar essa evolução, que já nos dá, a condição de instituição a ser ouvida em todos os momentos da vida nacional.
Uma mensagem às novas gerações de maçons teria que ser, cultural, especificamente dirigida aos maçons, no sentido de dar-lhes conhecimento da importância maçônica nacional na História do Brasil independente; de lhes mostrar que o patrimônio físico, moral e intelectual que recebem é uma dádiva e um bem que deve ser preservado e aumentado; de incutir, em suas mentes, a noção do dever maçônico perante a sociedade brasileira; de gravar, em seus corações, que a Maçonaria merece todo o seu respeito e o seu incessante trabalho, em memória de todos os grandes nomes da nação que por ele já passaram e que - sem embargo de uns poucos - honraram e dignificaram a instituição.
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