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Poesias-->TORMENTA -- 17/03/2009 - 00:49 (Cristina Ancona Lopez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sim eu sei. Devemos seguir acreditando. Mas há vezes em que parece tão impossível!!! Não sei porque me vem esta frase. Deve ser a muita champanhe que tomei no aniversário da amiga.

Eu sei... Um dia há de vir o amor verdadeiro, aquele que completa e que faz companhia e que fala a mesma língua e que casa a pele com pele. Mas não veio ainda e ainda não veio e ainda não veio e algum dia vem. Sempre algum dia.

De nada adianta o que me aparece sem que seja o que complete e não completa o que vem mas que não é.

Sou das que persistem porque acredito naquela coisa de que para cada um há outro e cada um há de ter um que lhe complete mas também acredito que se não for para completar melhor não ter.

Quem foi que disse mesmo, que as metades se procuram e que a cada metade corresponde uma outra com aquilo que lhe falta? Sei, eu sei quem disse mas sei também que viveu há muito e que já nem vive mais e que as coisas foram se sucedendo num suceder de tantas coisas e que fomos todos nos perdendo no meio de tanta gente.

Só sei que hoje andei na avenida Paulista logo cedo, cheia de planos de um caminhar saudável mas só havia poluição e havia massa de pessoas apressadas e feias (cadê as pessoas bonitas do meu pais?) que atravessavam a rua comigo e o que foi feito meu Deus do meu pais tropical e lindo e cheio da natureza que não mais encontro? Assim mesmo andei e caminhei e respirei fundo nove vezes para renovar todo o ar do meu pulmão que renovado ficou com a fumaça dos ônibus enquanto atravessei o parque Trianon.

O que foi feito das flying saucers in the sky e do peace and love e nem há mais o ame-o ou deixe-o porque já nem se sabe o que é amá-lo, apenas se está nele sem saber bem porque.

Eu o amei a este país, e quando de longe, senti o que é não tê-lo quando aqui não estive e o quis tanto e o sonhei de mil formas e o planejei com aquela ansiedade de algo que parecia tão possível. E então o vi minguar e minguar e conforme minguava de um lado mais populoso ficava de outro e a turba atravessando a rua olhava para o chão porque não aprendeu a olhar para o céu e a sonhá-lo.

Eu o sonhei um dia.

Um dia sonhei um país que podia ser, um amor que podia ser, uma vida que viria.

Veio interna mas externa não a vejo. Veio uma realidade na qual não me insiro e fico aqui, a me individualizar quando queria comungar.

E subo a Pamplona, entro na Paulista e ando na rua que não é aquela, no país que aquele não é, na eu que não pertenço, nem àquela rua, nem àquele momento, nem àqueles aconteceres que tecem um destino que não, não pode ser o meu.



Madrugada de 17/03/09

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