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Poesias-->UM ANO SEM MAMÃE -- 23/03/2009 - 23:17 (Tarcísio José Fernandes Lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM ANO SEM MAMÃE



Mãe,



I

Relativamente à vida,

Mais um ano na idade

Leva a gente a crer que foi

Dentro da normalidade.

Já com a morte é outra a crença:

Passa um ano e a gente pensa

Que é uma eternidade.



II

É vivendo essa verdade

E a fé que professamos

Que família e amigos

Nesta missa celebramos

O primeiro longo ano

Que Deus pai – o Soberano

A levou de onde estamos.



III

Sua morte, aceitamos,

Pois morrer é uma verdade.

Esquecer, como podemos,

Se existe a tal saudade?

E se os olhos não a vêem

Nossos pensamentos lêem

Os seus atos de bondade.



IV

Hoje, tudo é saudade.

Sua casa está vazia.

Não a vemos mais sentada

Na cadeira lá da pia.

Na do quarto e nos sofás

Não a vimos nunca mais

A rezar noite e dia.



V

Falta a sua companhia

Em qualquer outro lugar:

Na cozinha, no oitão

Ou na sala de estar,

Na calçada caminhando

Ou na sala, preparando

Nossa mesa pro jantar



VI

Nunca mais foi passear

Na fazenda, com a família;

No Cantinho, em Pau dos Ferros;

Lá na praia ou em Brasília;

Nem na casa dum amigo,

Dum parente mais antigo,

Na dum filho ou duma filha.



VII

Nunca mais sua família

Com você missa assistiu.

Cada filho que entrou

Na ex-casa e não a viu

Deparou-se com a verdade

E, rendendo-se à saudade,

Muita lágrima fluiu.



VIII

Nunca mais a gente a viu

Num sofá, adormecida,

Com um terço segurado

Pela mão já combalida

E, na perna redobrada,

Uma bíblia escancarada

Por você bastante lida.



IX

Sua fé era sentida

Pela sua rezaria.

Pra ser grata, uma vela,

Todo dia acendia.

E no seu aparador

Não faltava uma flor

Em louvor à Mãe Maria.



X

O ofício a Maria

Era a grande devoção

E o seu aparador

– Um lugar de oração.

Lá, você se ajoelhava

E a Deus do céu rogava

A saúde e o perdão.



XI

Tudo em si era lição.

Até mesmo a vaidade

Que usou como aliada

Contra o avanço da idade

Não mudou seu coração

Nem usou sua razão

Noutra personalidade.



XII

Não sentimos, na verdade,

Sua ausência totalmente.

Se Deus-pai levou você

Foi apenas fisicamente

Que a saudade é filmagem

Repassando sua imagem

Todo tempo em nossa mente.



XIII

Sua vida foi pra gente

Direção pra nossos trilhos.

Não ser mestra nem doutora

Não lhe trouxe empecilhos.

Mãe que é mãe à luta vai.

Foi assim que, com papai,

Educou todos seus filhos.



XIV

Em seus olhos tinha um brilho

Que contava a história

De alguém que foi em vida

Um exemplo de vitória,

Que morreu, mas, lá no céu,

Recebeu como troféu

Passaporte para a glória.



XV

Convivendo nessa glória

Com você também estão:

Aluízio e Luiz

E também Consolação

E papai, cuja saudade,

Já há muito tempo invade

Nosso forte coração.



XVI

Terminando esta canção,

Mãe, mostramos que é verdade:

Sem você ao nosso lado

Em qualquer atividade,

Todo tempo que passar

Faz a gente acreditar

Que é uma eternidade.



- Fim -

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