Usina de Letras
Usina de Letras
251 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140786)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->REISADOS -- 19/06/2008 - 17:19 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Fui espectadora de muitas festas folclóricas no povoado Santo Antônio, entre elas os reisados que apresentados pelo o primo Lolóia, Joãozim Moreira, Luís Puluca, Caré e outros.
Os caretas personificados de reis usavam vestes nobres enfeitadas com fitas e diversos penduricalhos - uma mistura da cultura oriental com exóticas nuanças nordestinas: roupas multicores, chapéu de couro com barbicacho, espelhos e estrelas...
A equipe composta por sanfoneiro, boi-de-reis, burrinha, jaraguá, véa do fogo e lobisomem, apresentava-se em muitas casas numa mesma noite e era seguida por grande multidão de espectadores.
Os caretas dançarinos sapateavam, cantavam e dançavam sempre ao redor e elogiando em versos, muitas vezes improvisados, os donos da casa, que lhes retribuíam com uma pequena remuneração. Previamente combinado, os anfitriões mantinham a casa fechada e só depois da louvação abriam-lhes a porta.

“Ô de casa, ô de fora!
Ô de dentro, nobre gente!
Ô de dentro, nobre gente!
Vem receber os Santos Reis,
Da parte do Oriente,
Da parte do Oriente!”

“Senhor me dê licença,
Licença queira-me dar, ô
Licença queira-me dar
Que hoje é chegado o dia
De nós tocar, brincar, ô
De nós tocar e dançar”.

“A senhora dona da casa
É fulô de laranjeira, ô
É fulô de laranjeira
Quando se pega embalança
E quando embalança cheira, ô
E quando embalança cheira”.

“A Senhorita Neomísia
Da casa é a flor primeira, ô
Da casa é a flor primeira
É botão de Cravo e Rosa
É fulô de laranjeira, ô
É fulô de laranjeira”.

Impossível falar de Reisado sem lembrar a figura folclórica de meu primo Mariano Inácio de Loyola, o “Lolóia”, cujo nome de registro na verdade, era Mariano Inácio da Silva. Humorista, dotado de muitos dons artísticos, “Lolóia” interpretava vários papéis com muita espontaneidade e arte que, de modo que, com a participação dele, o espetáculo ficava mais engraçado. Os Reisados aconteciam no início do mês de dezembro e se prolongavam até seis de janeiro, dia de Santos Reis.


LIMA,Adalbeto; SOUSA,Neomíisa. Saga dos Marianos



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui