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cronicas-->Minha Aldeia IV - 10 João Doceiro -- 16/06/2005 - 14:17 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A gente sente logo quando seus olhos ficam mareados de saudade quando ela fala dele. Me contou que certa vez pegaram um navio do Lloyd Brasileiro, que ficava no porto da Capital Federal, quando a capital federal era o Rio de Janeiro e foram para a cidade de Ilhéus,no Estado da Bahia. O baiano,João Batista
Matos, levara sua esposa Celina para conhecer seus pais e a sua terra natal. Como ela era marinheira de primeira viagem, enjoara o tempo todo por causa do balançar que as ondas faziam com o navio. Resolveram voltar de caminhão que, além de não balançar,ainda passava pelo Estado de Minas Gerais que era o torrão natal dela. Relembrava da viagem com nostalgia, a dona Celina.
João vendia os doces que sua esposa ,doceira de mão cheia, fazia. Eram cuscuz, quebra-queixos, cocadas das brancas
e das morenas, entre outras guloseimas afamadas pelo talento da doce Celina. Ela fazia e o João levava a fama, pois era muito
conhecido como o João Doceiro, vascaíno e festeiro.
Uma certa ocasião, quando da trezena de Santo António em sua casa, aconteceu um fato muito engraçado. A liturgia da igreja determinava que durante treze dias os fiéis rezassem o terço em uma casa perante a imagem do santo. Muita vezes a imagem saía em procissão pelas ruas, enquanto os fiéis entoavam ladainhas.Naquela ocasião, para comemorar data tão festiva, João preparou a festança na esquina de sua casa.Era um terreno baldio,que ficava no cruzamento da Avenida Gastão Reis com a Rua B, hoje Rua Barbosa de Araújo , onde atualmente é uma oficina mecànica. Foram convocados os vizinhos que pudessem ajudar na limpeza e decoração do terreno; no preparo das comidas, quentões e até da fogueira. Para o palanque,onde ficariam as autoridades, a representante da antiga igreja matriz e hoje Catedral de Santo António, os responsáveis pelo leilão de frangos assados que
ocorreria durante a festa, o convocado foi o mestre Zizinho. Ele era casado com a Malvina Ássimos e também festeiro e construtor de casas, palanques e qualquer coisa, pois além de tudo o homem era de sete instrumentos.
Pois bem! Apesar de o Zizinho ter alertado o João Doceiro para que não deixasse muita gente subir no palanque, já que por falta de madeira mais grossa não estava muito reforçado, cabou subindo muito gente. Na hora do leilão, aquela gente toda e mais os frangos que iam ser leiloados pesaram muito e o palanque
desabou Foi um sururu danado. Depois do
susto passado, o João procurou os frangos
mais nada foi encontrado.
Dizem que uns meninos, aproveitando a confusão, carregaram ; mas ouvi dizer que tinham muitos de barba e de saia.
Essa hora, o João Doceiro e
Mestre Zizinho dvem estar preparando uma festa no céu. É bom não duvidar!

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