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Artigos-->por que os Anjos caem -- 30/11/2002 - 16:32 (Iisha daas Prabhu) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Ele era Brâmane e filho de Brâmanes. A origem de sua família se perdia nas brumas do tempo.

Desde a puberdade seguia um santo Sanyasi como discípulo, numa peregrinação sem fim pelos contrafortes dos Himalayas. Sua vida era composta de meditação e penitências indescritíveis.

Há dez anos seguia seu Guru, e era instruído por Ele.

Naquela madrugada acordou cheio de indagações interiores, e aproximando-se do mestre falou: -Mestre o que é Maya? (Ilusão) desde criança ouço falar nela, o senhor mesmo sempre se refere a esta figura. Eu porém não consigo as vezes interpretar certos ensinamentos por não conhece-la, e não possuir parâmetros para situar-la no mesmo.

Explica-me detalhadamente o que seja.



Como se não o tivesse ouvido o Mestre falou: Vá ao rio buscar água, para mim, pois estou com muita sede.

Sem nada argumentar, pegou a pequena bilha de metal, e desceu o íngreme caminho que lavava da caverna até ao rio.

Na Margem do rio Avistou uma belíssima jovem que enchia um cântaro. Ela vestia um belo sari de seda azul com bordados dourados.

Como acabara de encher o cântaro, fazia uma força inaudita para ergue-lo, pois era grande e parecia pesar bastante. O jovem Brâmane aproximou-se rapidamente e falou: Matají (Mãezinha) permita-me que a ajude. Ela aceitou e agradeceu.

Quando ele, que era jovem e robusto ergueu o cântaro, sentiu a impossibilidade de que uma moça de aparecia tão gentil pudesse leva-lo, e disse, Mataji, mostre-me o caminho

E o eu o levarei para você. Ela aceitou a oferta, e ele a seguiu com o pessadíssimo Cântaro ao umbro.

No chão, onde a pusera, ficou abandonada a bilha em que levaria água ao seu sedento Mestre.

Depois de andar horas e horas acompanhando a bela moça, que o cobria de atenções e belos sorrisos, chegaram a um acampamento onde se achava a família da moça, cujos velhos pais o trataram com imensa deferência, e disseram que não permitiriam que ele se fosse dali sem aceitar sua hospitalidade , almoçando com eles.

Assim ele foi ficando.

A tardinha pediram-no que ajudasse a levantar o acampamento, pois eles pretendiam viajar a noite que era mais amena que o dia, e assim sem dar por si, o jovem enleado bela beleza da jovem que não saia do seu lado, e bondade dos familiares, findou seguindo viagem junto com aquela família que tão bem o recebera. Em poucos meses estava casado com a bela jovem, e em poucos anos já possuía numerosa prole.

Havia construído uma casa em um fértil vale, e ali cultivava a terra e criava algumas vacas pelo leite.

Certo dia uma inundação imensa e repentina destruiu todo o vale, e o infeliz homem viu todos seus bens levados pela água. E sua família perecer antes seus Olhos. Tentava segurar dois dos seus filhos, porém um escapou-lhe da mão e foi levado pela enxurrada. Viu sua amada esposa afundar para não mais voltar com dois filhos que desesperados a agarravam pelo pescoço. A armação de madeira na qual se empoleirara com o único filho que lhe restara, foi de repente arrancado pelas águas, e uma viga acertou-lhe a cabeça, fazendo-o larga-lo. Ele próprio foi levado semi-afogado no terrível turbilhão de águas. Seu desespero chegara ao ápice, e milhares de pensamentos passaram de repente por sua cabeça. Entre esses o do seu velho Mestre esperando a quatorze anos que voltasse com a bilha de água.



Viu-se de repente na beira do rio, e avistou a bilha no Chão quase completamente soterrada pela lama e o pó de quatorze anos de espera.



Desenterrou-a, não sem dificuldades e após um duro trabalho de areação a fez voltar a aparência original. Encheu com água, e voltou pesaroso para a caverna. Estava disposto a viver ali o resto dos seus dias em expiação ao seu grava delito.

Após a ultima curva avistou o seu Mestre sentado a porta da mesma como no dia em que saíra. Correu desesperado, e ao chegar próximo ouviu boquiaberto o Mestre perguntar: Por que demoraste tanto? Levaste mais de meia hora para buscar-me água, que houve?



O discípulo caindo em Dandi-vati disse-lhe: Obrigado mestre, por mostrar-me o que é Maya..........







Iisha Daas Phabhu











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