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Cronicas-->Virus que não quero ver! -- 13/11/2000 - 21:47 (MICS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ontem foi o dia do virus.
Se não foi, deveria ter sido.

Primeiro recebi um telefonema:
- Mi, estou com virus no micro.
Era meu marido, reclamando que pegou um MTX qualquer. Mtx vem de matrix. Ainda não consegui descobrir se é por causa do filme ou se é de matriz. Matriz vem de mãe (ma.triz - s. f. 1. Útero. 2. Lugar onde alguma coisa se gera ou cria) não tem nada tem a ver com esses micróbiozinhos asquerosos. Eu sei, eu sei, são virus, não micróbios. Mas quando penso neles, penso em vermezinhos se multiplicando a cada segundo, o que daria pelo menos 60 por minuto, 3600 por hora e assim por diante. Também sei que não é assim que funciona mas essa é a imagem que faço deles, esses programinhas horrorosos que invadem, destroem a imunidade virtual, corrompem as sequências de bits e bytes, atacam todo e qualquer executável que atravesse seu caminho. Isso me provoca uma imagem aterradora de milhares, milhões de caracteres invadindo o espaço virtual. Me lembra também a primeira vez que assumi sozinha a instalação de uma rede. Não rede de balançar, rede virtual, rede que conecta computadores e por conseguinte, pessoas. Era assustador. Sentia como se estivéssemos envoltos numa grande teia. O curioso, é que todas essas associações, no fundo, são verdadeiras.

Depois de mais alguns telefonemas (Faz assim, instala isso, execute aquilo... Não, meu, não é assim, pó! Vc nunca me ouve, faz tudo errado...) muitos erros e algumas discussões, outro telefonema:
- Mana, recebi um virus e te mandei.
Era o detestável reclamando que os famigerados bichinhos virtuais destruiram, em poucas horas, alguns micros lá pras bandas da Bahia. Virus baiano deveria ser mais preguiçoso, ó xente.

Sou curiosa demais da conta. Já tenho alguns viruzinhos guardados por aqui portanto, peguei o arquivo de nome navidad.exe e executei no micro do meu irmão depois, é claro, de fazer uma atualização do anti-virus. Não me perguntem por que, mas o anti-virus dele, que é mais antigo que o meu, pegou o bichinho pelo pescoço e jogou sem dó nem piedade na lata do lixo.

Confiante, desliguei o micro dele e abri o arquivo no meu. Em vez de anti-virus pegando o fulaninho pelo cangote, abriu foi uma janela com a mensagem: UI, error.
Ui? Ui, disse eu. E repeti pelo resto da tarde.

Vi um olhão abrindo no cantinho e mais que depressa desliguei o micro no botão.
Olhei, pensei e resolvi ligar novamente. Me preparei psicológicamente apesar de já ir longe o tempo em que só de pensar em perder meus e-mails, meus arquivos, eu tremia nas bases. Desliguei os cabos de rede, de telefone, qualquer cabo que permitisse aos indecentezinhos sairem da caixa preta que é meu micro.
Liguei. Esperei. O windows iniciou normalmente. Testei, abri e-mails, abri o explorer. Nada de errado.
Ah, assim tb era demais. Que virus mixuruca. Executei denovo, mas dessa vez, heróicamente, meio debochadamente deixei o olhão lá, me olhando. Aliás, era isso mesmo que ele dizia quando eu colocava o mouse sobre ele: estoy te mirando. Não satisfeita, cliquei duas vezes no olhão que abriu um botão: não aperte esse botão por nada. Putz grila, danou-se, pensei. Não, danei-me!
Dessa vez eu havia seguido rigorosamente os passos para abrir a caixa de pandora. Isso me lembrou de uns textos sobre a caixa de pandora. Ninguem pensou em encher aquela caixinha de virus eletrónicos.
Tentei fechar o windows, desligar, abrir o explorer, o anti-virus e nada. Nada funcionava.
Enquanto isso, meu marido continuava as voltas com o virus dele. Virus não, esses já tinham morrido, mas que sujeirada deixaram pra trás. Restos mortais de programas só com a casca.
Usei a cabeça, li os manuais e tirei o meu virus na raça. Por sorte era um não malicioso, de periculosidade mediana. Reiniciei. Estava aflita para verificar se estava certa em minhas descobertas.
Finalmente o windows iniciou. O explorer ainda tinha uns probleminhas, um ou outro arquivo estavam faltando, mas nada grave que me tirasse do sério. Resolvi ler os e-mails do dia. Abro o outlook express e, surprise!!! O norton abriu uma janela me avisando que outro virus estava a caminho pelo email da Min, com o título: amarradonaaaaaaaa. Na hora a imaginei amarrada em sua cadeira, naquele escritóriozinho minúsculo, sufocante, enrolada por cordões caracterizados de bits, bytes e megabytes. Cadeis de letrinhas intermináveis enrolando todo seu corpo feito Gulliver em Liliput.
Dessa vez, sem nenhuma vergonha deletei peremptóriamente a mensagem. Minto, antes dei um reply-zinho, choroso, lamurioso.
Agora acabou, pensei. Acabou?
Toca o telefone. Era meu marido de novo, agora voltando do médico:
- Mi, tó com um tipo estranho de catapora.

Catapora também é um tipo de virus não é?
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