Nudez estampada na face daquele que a detém,
pedaço de gente que descarna da alma toda embriaguez.
O homem terno gravata sapato
se faz molambo, mulato, galego, amarelado
toda vez que na face se vê a nudez estampada.
O brilho da mesmice em podridão infecta,
em aéreas sensações de sentidos torpecidos.
Lascívia, promiscuidade, degeneração, ...
não se enquadram para o arquétipo sapiens social,
mas para o nu estampado que abunda a sociedade.
Nojo, desprezo, miséria de carnificina pura...
Ser que crê imortal, teu corpo te condena,...
a terra fria, as lacraias, os vermes o esperam.
Luxo de torrentes correntes de insanos pensamentos,
lixo de inconscientes cadáveres, zumbis que vagueiam luciferantes.
Etiquetas, modismos impudicos de analfabetos letrados,
canibalismo capitalista do consumismo exacerbado.
Vida mórbida a espera da ilusória saída do labirinto céptico,
da busca demente da percepção decadente.
Primata que julga ser o rei do universo,
mente bestial que condena a si e a natureza.
Amaldiçoado impuro varão,
tuas maldades não atravessarão os tempos,
sua sina será o desprezo daquele que lhe concebeu,
e seu carrasco, o íntimo que lhe condena.
Criatura repugnante quando revelada sua nudez das vestes que te escondem.
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