Usina de Letras
Usina de Letras
11 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50669)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->U-zine (2) -- 04/12/2002 - 04:24 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
[Pouco a pouco, vou recolhendo subsídios para o meu TEATRO DA MINUTA. Só pérolas. Aos poucos.]



_________________________________________________



für MAURO BARTHOLOMEU, SARDEMBERG GUABYROBA und AULOW RANDAP

_________________________________________________



1

O que ler? A digitação no quadro é uma pista. O tom: pompa e circunstância. O que escrever? Compulsivos vivem de efemérides ("então é Natal"!) ou de premonição (bem feito, são plagiados pela grande imprensa!).



_________________________________________________



2

Sempre haverá algum incauto, é claro, mui prezado, para levar a sério esse nosso hilaríssimo "teatro da minuta", com suas promessas de um futuro risonho e franco para o usina . Até quando?



_________________________________________________



3

Os shows, aqui, são repetitivos, com seu elenco reduzido de astros e estrelas. Como espectador atento, tento atentar os atores, para que se sustentem e superem. Juntos, temos produzido números, as mais das vezes, impagáveis.



_________________________________________________



4

Rodrigão, mermão, ao descer o malho neste seu pirralho, teve um ato falho, se esqueceu do "não". Olhaí, não disputo o meu espaço em cordel por pura modéstia! Sou fera ferina! [Cf. "Onde estão os sabiás?"]



_________________________________________________



5

Quedei-me en-mim-mesmado e meditabundo com esta pérola da autocomplacência: "o Usina de Letras, apesar de ser um dos melhores do gênero, é bom que se diga". Obnubilou-se-me o discernimento, tá ligado? Tô de cara. Juro.



_________________________________________________



6

Já antes de acessar o artigo, o joio salta aos olhos de em meio ao trigo: "Às vezes, presiamos perder para ganhar adiante." Arranco-o, para poder ver o trigal em festa: "Às vezes, precisamos perder para ganhar adiante."



_________________________________________________



7

De que vale pedir help pro Shake, se ataca de "...o grande engano de Usina" [sic], sendo prontamente chamado às falas por um mais do que otimista e voluntarioso: "Engano, não, Júlio".



_________________________________________________



8

O artigo "Engano, não, Júlio" é de Dom Kless. Vivo a expectativa de outros pronunciamentos de igual ou superior impacto. Haja coração! E fôlego para acompanhar tão intempestivas manifestações de brio!



_________________________________________________



9

Leio "Bündchen" como "lacinho" ["chen" é sufixo formador de diminutivo; e "Bund" vem de "binden" = ligar, atar, enfeixar, unir]. Trilha sonora das an(p)tigas: "Lacinho cor-de-rosa" (Cely Campello).



_________________________________________________



10

Um jogador do Santos, lamentando ter metido apenas 3 gols contra nenhum do Grêmio: "Mas foi uma vitória. Melhor do que derrota ou empate."



_________________________________________________



11

Com bom-humor, os colegas veriam que isto não é e não deve ser levado a sério. Leio, logo parodio. Até para chamá-los de volta à peleja. Viver é lutar, mesmo que seja só por um lugar entre os mais lidos. I love and read you all.



_________________________________________________



12

Por falar nisso, fui ver o que rola no "tão interessante placar do Usina". La Arder só fez subir, com sua estratégia light. Pena que Marcelo Rubenio esteja quase a ultrapassá-la. Quanto a mim, sou Aulow Randap. E não abro.



_________________________________________________



13

Poucos sabem que, zeloso, arquivo tudo o que neste quadro se desvela. No futuro, Deo volente, almejo produzir um longo e tenebroso roman fleuve à clef. Epígrafe: "Se eu seria personagem" (de "Tutaméia", G. Rosa).



_________________________________________________



14

Gus, prometo não ler nunca os teus textos. A aura do outsider, não quero tirar-ta por nada neste mundo.



_________________________________________________



15

Em matéria de criação, somos todos amadores. Profissional mesmo, só UM. E, por falar em imortais, ontem vi Karloff, the Uncanny, em "The Mummy". O DVD traz um extra extraordinário: "Mummy Dearest".



_________________________________________________



16

Milene, faço meu o teu pranto. Sempre te vi como uma lutadora cheia de brio e fibra, admirando o denodo com que bravamente lutas em meio inóspito, porque falocrata. Às vezes, presiamos, ops!, precisamos perder etc.



_________________________________________________



17

"Estratégia light", sim, seja "iluminada", incessantemente a arder, porém "leve", "solta". A leveza, uma das 6 propostas de Calvino para o milênio que se inicia, cumpre buscá-la. Com bri(lh)o.



_________________________________________________



18

Um mote: "Sem alento, digo truco, quando o troco é truculento". Ou: "Sem alento digo truco, quando o traque é truculento". Glosando Milene: "Às vezes, é preciso perder para não apanhar adiante".



_________________________________________________



19

Mais poderosa do que "assaltou-me a mente", só mesmo esta expressão que uma vez me chegou às orelhas: "ocorre-me ao espírito". Belas expressões para o que rola neste mens insana : "no calor da hora" e "de afogadilho".



_________________________________________________



20

Soube o destino poupar-me da "síndrome dos mais lidos" ("mal de corifeu" ou "sarampão rankeiro"), que, atingido um certo sucesso, leva a excessos de ponderação e bondade cristã, ou a surtos de idealismo construtivo.



_________________________________________________



21

"Alone, bad. Friend, good." [Frankenstein, em "A noiva de Frankenstein", de James Whale] Como dizia Agnaldo Rayol: "não sou obrigado a dar bom dia". Que cada qual saiba administrar seus próprios delírios.



_________________________________________________



22

Alguém diz: "Estou abandonando o Usina. O quadro de avisos, os patrocínios, os destaques, os mais lidos, é tudo um nojo..." / Alguém sapeca: "Vá escrever na Caras, ou no Almanaque de Nossa Sra. Aparecida, oras!"



_________________________________________________



23

O quadro de avisos é minha Disneylândia. Irresistível. Texto de autor lusitano sobre colega dissidente me levou a lágrimas de esguicho. É preciso ter nervos de aço, sr. Waldomiro. São tantas emoções.



_________________________________________________



24

"A eleição de alguns gênios foi o expediente encontrado para que não tenhamos de nos encarar no espelho de um vexame coletivo sem precedentes." [Reflexões Usineiras 4]



_________________________________________________



25

"Todos os homens são iguais perante Deus. Mas alguns são ainda piores." (?)



_________________________________________________



26

"Deixe em paz meu coração / Que ele é um pote até aqui de mágoa / E qualquer desatenção, faça não / Pode ser a gota d água." (Chico Buarque)



_________________________________________________



27

Zé? Intimidade espantosa, vinda de quem empertigada e sacanamente insistia em me tratar por "professor". E surgiu até um autor, sehr ungefährlich, catando cavacos em "linguagem alemã" aí abaixo.



_________________________________________________



28

MOLÉSTIAS USINEIRAS: A "Síndrome de Sílvio Caldas" faz com que a vítima, compulsiva e repetitivamente, se despeça. O alarde de que se cerca e as lágrimas de esguicho de uma cada vez mais numerosa legião de leitores só fazem antecipar-lhe o comeback inevitável, é claro, nos braços do povo. Em certos casos, a enfermidade pode evoluir para o "Mal de Jânio Quadros", que costuma ser fatal.



_________________________________________________





"Jeder für sich und Gott gegen alle."



[do MACUNAÍMA, de Mário de Andrade, a título do filme que entre nós se chamou O ENIGMA DE KASPAR HAUSER, de Werner Herzog]





[e até a próxima edição do seu U-zine, trazendo mais, muito mais para você]
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui