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Poesias-->Ai de ti, Mimoso -- 30/06/2009 - 18:07 (L Henrique Mignone) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ai de ti, Mimoso

(Lhenrique Mignone)







Ai de ti, Mimoso, terra mãe desgraçada

esquecida e repudiada por teus filhos.

Vives hoje, rota e desamparada,

fostes esquecida e humilhada,

em nada lembrando a beleza

de tempos nem tão distantes,

em que reinavas absoluta,

destaque entre tuas iguais,

em que eras chamada de Pérola do Sul.



Ai de ti, Mimoso, terra mãe prostituta,

que criou teus filhos como gigolôs,

que, hoje, se à casa retornam,

somente dela desfrutam, indiferentes, frios, sem amor.

Certamente a eles negastes

o límpido de teus regatos,

o frescor das frutas do campo,

o ócio das tardes, a paz da Ave-Maria,

a sombra de tuas árvores,

o embalo das copas, o cheiro do mato.



Ai de ti, Mimoso, terra mãe opressora,

que proibiu que, em teus cantos de ruas,

namorados trocassem juras e carícias de amor,

que lhes negou as flores de teus jardins,

que calou serenatas em noites de lua;

às crianças, que toiassem a bola de gude

até mesmo a brisa morna às pipas,

que jogassem pião, amarelinha em tuas calçadas

e, prepotente, com o jipe do Padilha,

todas as chácaras de Judas derrubou.



Ai de ti, Mimoso, terra mãe mesquinha,

que a teus filhos negou a abundância

dos peixes de teus regatos,

dos pássaros de tuas matas,

e, de tuas filhas, os amores,

e, se hoje, eles, médicos e engenheiros,

eminentes Deputados, Governadores,

surdos não ouvem teus apelos,

é porque já nasceram adultos,

a eles foi negada a própria infância....

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