O CAÇADOR Pé ante pé, olhar no chão pregado,
surgiu, por detrás duma cancela,
um caçador tão cheio de cautela,
como se andasse à cata dum cruzado.
Chegou-se e perguntou, desconfiado,
a um homem que cavava na courela,
se vira por ali passar, por ela,
o rasto dum leão estremalhado?
O cavador responde, num cochicho,
que o rasto não, não vira, mas que o bicho
dormia, um pouco além, naquele pasto...
Desata às correrias o valente, fugindo,
e então o homem sorridente:
–Quem não quer caça não lhe segue o rasto! |