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Cronicas-->Boladas e Boleiros - 032 -- 09/08/2005 - 10:20 (Carlos Alcino Valadão Lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Futebol Da E Pela Paz

Era uma vez, num longínquo continente, dois reinos absolutamente iguais.

Eram tão iguais, mas tão iguais, que ninguém mais sabia quem começou a imitar o outro. O Reino do Leste afirmava que era autêntico e que era imitado pelo Reino do Oeste. Já este declarava que a história era exatamente o contrário, e que o imitador era o Reino do Oeste. A polêmica ficava cada dia pior e a guerra já era iminente, até que um dia o príncipe do Reino do Oeste, que chegara à pouco da Inglaterra, e que de forma nenhuma queria guerrear com o Reino vizinho, pois já estava de olho na beleza da princesa de lá, propós:

- Porque não disputamos essa lide numa partida de futebol?

O assombro foi geral, seguido de criticas ferrenhas de como o príncipe poderia sugerir tamanha blasfêmia. Aonde já se viu decidir uma coisa tão importante numa partida de futebol ? e já preparavam-se para dar como encerrada a questão quando o rei, que era puxa-saco de carteirinha do filho, sentenciou:
- Stooooop! Se meu filho acha que isso vai dar certo, nós vamos tentar. E não quero ouvir uma crítica sequer. Continue, meu filho.

- Eu já pensei em tudo. Para que ninguém leve vantagem vamos construir um campo bem no meio da divisa entre os reinos, dessa forma fica metade do campo do lado deles e a outra metade do nosso lado. Convidaremos um árbitro do Brasil para apitar e... Pensando bem, é melhor convidar um juiz inglês e quem vencer será o dono da verdade. Agora só falta convencer o rei do Leste.

E assim foi feito. O rei do Leste, em princípio não aceitou a proposta, não por ser má idéia e sim por que partiu do reino adversário. Mas a princesa tratou de convencê-lo, afinal ela também já estava de olho no príncipe do outro reino.

Marcada a data e acertados todos os detalhes, depois de muita discordància é claro, chegara, finalmente o dia. Tirado o "toss", o time do Leste escolheu jogar primeiramente no seu campo, para sentir o apoio da torcida e garantir a defesa para depois pensar em atacar. (aonde será que já ouvi essa frase?). Obviamente o time do Oeste fez o mesmo e o primeiro tempo terminou empatado, sem gols.

Para o segundo tempo, os técnicos fizeram as mudanças necessárias, só que agora os times estavam atacando do lado de sua torcida, mas com sua defesa do lado do adversário, chutando a bola de qualquer jeito pra frente o que ocasionava um ataque capenga e, por conseguinte a ausência total de perigo de gol.

E assim foi, até o término do jogo e, como não haviam combinado nada a respeito de prorrogação ou disputa de pênaltis, o jogo do desempate social acabou empatado no futebol. Já tinham dado tudo como perdido quando ouviram os aplausos das duas torcidas acompanhadas pelos gritos de louvação aos seus times e clamando, ansiosos, por outra partida.

O mais importante foi que os governantes e assessores dos dois reinos entenderam que toda aquela manifestação de alegria era pela paixão ao esporte e não pela vaidade imbecil de seus reinos e nem tão pouco por suas ridículas ideologias políticas.


Dessa forma, o futebol ajudou a acabar com aquela cisma ridícula entre aqueles dois reinos, que hoje possuem campeonatos distintos e disputam todos os anos, na mesma data do primeiro jogo, a Taça Amizade.



Esse é um pequeno, por enquanto, "Conto de Fadas", que gostaria de ver anexado ao "Código do Torcedor" para talvez até, quem sabe um dia? Sirva de inspiração aos seguidores do Hagar, verdadeiros "Tanques de Boçalidade" & "Poços de Ignorància", como também aos covardes e alcoviteiros "Zé Bruguelos" da vida, para que tomem consciência de que o jogo, campo e adjacências são, naquele período de tempo, destinados à prática do futebol, e não arena de boxe ou qualquer outra luta marcial, ou melhor dizendo, marginal.

Somente aí então, o meu "Conto da Carrochinha" se tornará realidade e poderemos,novamente levar nossas famílias aos estádios de futebol para passarmos uma excelente "Tarde de Domingo".


E Tenho Dito!

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